VIII Seminário Relações étnico-raciais e práticas descolonizadoras: Por uma pedagogia da diversidade

No dia 17 de novembro, a Escola de Formação de Educadores do Recife Professor Paulo Freire, através do Grupo de Trabalho de Estudos das Relações Étnico Raciais (GTERE), promoveu o VIII seminário Relações étnico-raciais e práticas descolonizadoras: Por uma pedagogia da diversidade. O evento aconteceu nos três turnos manhã, tarde e noite com participação dos profissionais que atuam na Rede Municipal de Ensino do Recife.

A recepção para o credenciamento foi ambientada com o baobá, árvore da resistência, e exposição com produções de estudantes sobre a temática. Na abertura, o público foi saudado por Alexsandra Felix, gestora da EFER, e os/as demais componentes da mesa.

Suelane Ramos (Sue), professora da Escola Municipal José de Anchieta e cantora, levantou o público com seu repertório musical, contagiando a todos/as nesse momento de acolhida.

A palestra de abertura “Vamos descolonizar o conhecimento?” foi proferida pela escritora Inaldete Pinheiro, seguida pela Professora Dra. Rebeca Oliveira Duarte e estudantes da Universidade Federal Rural de Pernambucana discutindo o tema “Educação libertadora como instrumento de combate ao fascismo”.

À tarde, a temática indígena foi abordada pela profª Drª Maria da Penha apresentando a discussão “Os povos indígenas não têm lendas, têm histórias, artes e culturas”. No segundo momento, professores/as da Educação Infantil e do Ensino Fundamental de algumas Unidades de Ensino da Rede Municipal do Recife, compartilharam relatos de experiências, através de comunicação oral, dos trabalhos desenvolvidos com seus estudantes.

Fechando a programação, à noite, professores de História e Geografia da Educação de Jovens e Adultos fase II, assistiram à socialização de experiências descolonizadores dos professores Carlos Alberto Braga do Espírito Santo e Joana de Angelis Dias da Silva das Escolas Municipais Rosemar de Macedo e Nossa Senhora da Conceição, respectivamente. A mediação do debate foi feita pela professora formadora Marlen Leandro.

Uma das organizadoras do seminário, Fátima Oliveira, destaca a importância do evento. “Há 30 anos nossa sociedade dava passos largos promulgando a Constituição Federal /88 que estabeleceu direito à cidadania e à dignidade humana, independente da raça, cor, gênero, identidade sexual, credo, situação econômica. Mas, a realidade é outra, e tal panorama se reflete na escola. Segundo a Fundação de Pesquisas Econômicas – FIPE/2009, o preconceito étnico-racial foi constatado em 94,2% dos entrevistados/as em diversos segmentos da comunidade escolar. Para superá-lo se faz necessária uma política continuada antirracista”, defende a integrante do GTERÊ.