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BUMBA-MEU-BOI Desde a Antiguidade, as festas em homenagem ao Boi eram muito freqüentes. Por exemplo, no Egito Antigo, ele era considerado um animal sagrado; na Índia, ele ainda é. No Brasil, a figura do boi está entre nós desde a colônia. Seja pela sua importância na pecuária, nos trabalhos agrícolas, etc., sua presença é sempre marcante no imaginário do povo que, de norte a sul, canta, dança e brinca com o boi. Assim nasceu o Bumba-meu-boi. Um dos mais puros espetáculos nordestinos; cheio de cor, movimento e som. Um verdadeiro teatro de rua. No Recife e em outras cidades de Pernambuco, o Bumba-meu-boi leva para as ruas suas brincadeiras de improviso e sua alegria. Apresenta-se tanto no ciclo natalino, quanto no carnaval. Em outros estados, como o Maranhão, por exemplo, apresenta-se durante os festejos juninos. Espalhada de norte a sul do país, a brincadeira ganha nomes diferentes e formas de apresentar o espetáculo. No Amazonas e no Maranhão é Boi-Bumbá; Boi-de-Reis na Paraíba; Boi Surubi, no Ceará; Boi Calemba ou Calumba no Rio Grande do Norte; Rancho-de-Boi na Bahia; Bumba-de-Reis no Espírito Santo; Boi Pintadinho no Rio de Janeiro; Boi-de-Mamão em Santa Catarina e Boizinho no Rio Grande do Sul. Seus personagens são divididos em três categorias: tipos humanos, animais e fantásticos. Cada um com sua história, sua indumentária, sua toada e sua dança própria.
Sem demonstrar cansaço, todos os participantes brincam e dançam durante horas obedecendo à batida do ganzá, das caixas, dos pandeiros, das matracas e apitos. Em algumas regiões são utilizados instrumentos como a sanfona, o berimbau e até sopro como saxofone, clarinetas, flautas e o pífano.
Sempre atual, a brincadeira da morte e ressurreição do boi, já se tornou um referencial das festividades natalinas no nordeste do Brasil, e ficará para sempre na nossa imaginação.
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