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A Fazenda Gameleira fica na encosta da Chapada do Araripe, próxima à nascente do Rio Brígida. Foi nessa fazenda que se iniciou o povoado do Exu, que mais tarde veio a se chamar de Velho Exu.

O nome da cidade de Exu origina-se da língua Tupi, é uma corruptela derivada de Ançu, ou inchu, ou eira-exu. Ançu é o nome do antigo povo indígena do Araripe, inchu e eira-exu são espécies de abelha abundantes na região.

Quando o inverno derramava suas nuvens na chapada, a água descia com tanta força pela encosta que comprometia a estrutura das construções na época. Com esse cuidado o povoado teve de ser transferido, e foi para um lugar chamado Lagoa dos Cavalos, situado a 13 km. O Exu passou a ser chamado de Velho Exu, e o Novo Exu recebe o nome de Exu.

Igreja de Bom Jesus dos Aflitos

Ao passar mais de meio século pleiteando o endosso da municipalização, oscilando entre povoado, vila e comarca, Exu consegue a restauração pública, em 08 de setembro de 1907. O Sítio Lagoa dos Cavalos foi o terreno doado por D. Edwirgens, lugar onde construíram a igreja de Bom Jesus dos Aflitos, padroeiro do Velho Exu, e casas foram feitas ao redor da igreja, formando uma pequena cidade.

Fisicamente o Exu é como tantas outras cidades do interior nordestino, que tem nas ruas e becos, belas casas com fachadas coloridas, e o burburinho da feira aos sábados, quebrando o silêncio da semana. Mas historicamente, Exu tem um capítulo triste escrito pela briga das famílias Alencar e Sampaio, uma disputa política que derramou sangue para defender a honra. Briga essa que motivou a ida da família Gonzaga para o Rio de Janeiro, em 1949.