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O Nordeste é uma região onde as histórias de bravuras coloniais e catingueiras ainda ecoam entre serras, através do aboio, enquanto as histórias e estórias engraçadas de matutos sagazes arrancam gargalhadas pelas feiras.

A variedade geográfica e humana é tão grande, que modelou características únicas em sua cultura, através da miscigenação étnica que herdou das matrizes indígena, européia e africana.

Nas areias salgadas e brancas à beira do Atlântico, o Brasil nasceu. Movido pela expansão européia e a extração do pau-brasil, o colono português adentrou o novo mundo escravizando índios e construindo suas primeiras vilas. Com a implantação da cana-de-açúcar, a mata atlântica perde espaço para as plantações dos Senhores de Engenho. Navios cheios de africanos são trazidos para aumentar a mão de obra escrava.

Com ampliação da indústria açucareira, o gado que vivia à margem do canavial foi tangido para o sertão dando continuidade à colonização com o Ciclo do Gado. Assim nasceu o Nordeste.

O extenso e tranqüilo litoral é dividido em praias exuberantes, mangues e dunas. O vento do leste sopra abundantes chuvas que caem na mata atlântica, uma região de floresta e clima ameno, que vai de norte a sul do Brasil, paralela ao mar. Em seguida vêm o Agreste e o Sertão, microrregiões do semi-árido, que correspondem à maior parte do território nordestino, onde a chuva é passageira e o mandacaru impera na caatinga a maior parte do ano. Ao noroeste a tímida mata de cocais, no Maranhão, guarda a entrada para a floresta amazônica.

Essa abundância de vida está harmonizada a uma incalculável variação geológica de vulcões extintos, serras, planícies, rios, brejos e lagos, formados por diversos tipos de solo.