O prefeito João Paulo escreveu mais uma página na história literária do Recife ao abrir oficialmente, na noite deste domingo, o 6º Festival Recifense de Literatura - A Letra e a Voz. O evento, que é uma realização da Secretaria de Cultura/Fundação de Cultura Cidade do Recife, através da Gerência Operacional de Literatura e Editoração (GOLE), entra em seu sexto ano, homenageando os centenários de nascimento do poeta, ator, teatrólogo e folclorista pernambucano, Solano Trindade, e do médico, sociólogo e geógrafo, Josué de Castro. O Festival, que este ano tem como tema o Recife de Todas as Leituras, se desenrola durante esta semana (de 25 a 31), em diversos locais da Cidade, apresentando palestras, mini-cursos, lançamento de livros, conversa com escritores, recitais, entre outras atividades.

A solenidade de abertura, que aconteceu  às 17h, no Teatro de Santa Isabel, contou com as presenças, no palco, do secretário de Cultura, João Roberto Peixe; da gerente da GOLE e também coordenadora do Festival, Heloísa Arcoverde; a presidente do Centro Josué de Castro, Tereza Sales; e o poeta Malungo - que esteve no evento representando toda a classe e o próprio Solano - além de uma entusiasmada platéia de artistas, poetas, e pessoas de outros segmentos culturais. A abertura foi presenteada com a apresentação da Orquestra Sinfônica do Recife, sob a regência do maestro Osman Gioia, que intercalou números musicais com recitais de trechos de poemas de autoria dos homenageados do Festival. 

O prefeito do Recife homenageou Tereza Sales e Malungo com uma placa e comemorou mais esta edição do A Letra e a Voz – último de sua gestão na PCR. Para mim é uma grande alegria homenagear Solano e Josué, que traduziram tão bem a luta e a esperança do nosso povo, disse, emocionado, João Paulo, que coroa este oitavo ano de trabalho à frente da Prefeitura com a certeza de que o Recife é a cidade brasileira que, proporcionalmente, mais investe em cultura. E, como se trata de um festival literário, o prefeito afirmou que ser escritor não é algo fácil, pois conseguir traduzir e reproduzir em palavras os sentimentos humanos é uma tarefa que exige muita sensibilidade, ressaltou. João Paulo acrescentou que, nesses quase oito anos de administração, sempre lutou para atender aos desejos das comunidades culturais do Recife – a exemplo das festas de Carnaval, São João e Natal, cujas tradições foram resgatadas e valorizadas – e foi ovacionado pelo público que lotava o belo Santa Isabel ao declarar que isso não teria sido possível não fosse a cultura tão viva e efervescente desta Cidade.

 João Roberto Peixe explicou que o Festival, iniciado na atual gestão, reúne toda a cadeia produtiva de Literatura e promove uma troca de experiências entre o Recife, o resto do País e o mundo, já que o evento recebe nomes de peso das Letras nacionais e internacionais. A política de descentralização cultural da gestão fortalece não só a participação de todos os cidadãos do Recife, mas incentiva o turismo cultural, explicou, o secretário, referindo-se ao deslocamento das atividades do Festival para lugares como as Refinarias Multiculturais Sítio Trindade e Nascedouro de Peixinhos. Ao agradecer a Heloísa Arcoverde pela competência com que lidera o A Letra e a Voz, Peixe finalizou defendendo que o Festival faz com que a Cidade se volte à Literatura e à poesia para ver o que os nossos poetas e escritores são capazes de produzir. 

Também prestigiaram a abertura do 6º Festival Recifense de Literatura, representantes do Instituto C&A, parceiro da PCR no evento, e da Fundação Itaú Social, patrocinadora. Segundo Magda Campos, da Itaú Social, a parceria com a Prefeitura do Recife é consonante com os objetivos da Fundação pois ambas se preocupam com a questão da cidadania, afirmou.

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