Na última sexta-feira (31), crianças e adolescentes atendidos pelo Instituto de Assistência Social e Cidadania (Iasc) participaram da Mostra de Arte e Cultura do Recifazer, na sede da instituição, localizada na Imbiribeira. A atividade, aberta à comunidade do entorno e familiares dos internos, apresentou fotos de atividades realizadas durante o ano, textos e poesias criados pelos alunos na sala de construção de textos coletivos. Na ocasião, os jovens ainda prestigiaram o filme Indústria da Felicidade, que conta a história de um menor abandonado que conseguiu dar a volta por cima e se tornar um grande empresário.

Muitos adolescentes atendidos reencontraram a felicidade de viver graças à passagem pelos equipamentos municipais. Jairo Ferreira, de 17 anos, foi um dos jovens acolhidos pelo Recicriar. Hoje ele retomou os estudos e pensa em ser policial civil. “Eu vivia na rua e o Conselho Tutelar me apresentou a casa. Agora estou mais feliz e voltei a ter sonhos”, disse. Já a adolescente Rebeca Renata, 17 anos, encontrou na casa a força para superar o problema das drogas. “Moro em Santo Amaro e tive um problema com drogas. Hoje estou recuperada, fazendo um curso do SESI para cabeleireira. Larguei as drogas e estou feliz da vida”, comemorou.

São atendidos jovens em situação de vulnerabilidade que perderam o vinculo familiar, vítimas de maus tratos ou envolvidos com drogas e prostituição. O objetivo da casa de atração é tirar esses jovens do ambiente das ruas, como explica a gerente do Recicriar, Mônica Marinho. “Essa rede de acolhida vem sendo construída. Hoje tratamos as crianças e os adolescentes como cidadãos de direito, promovendo a proteção social desses jovens”, afirmou. No quadro de profissionais da casa estão psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, coordenador de sala de leitura, vigilante e auxiliar de serviços gerais.

O Recifazer é um equipamento de atração de jovens em situação de risco. Funciona das 19h às 7h, na avenida Marechal Mac Arthur. Para o período diurno, o Iasc disponibiliza o espaço Recicriar, na rua José da Silva Lucena, também na Imbiribeira. As duas casas de atração recebem jovens de 8 a 18 anos, que chegam através de demanda espontânea, Conselhos Tutelares, sociedade civil e promotorias públicas. Nos locais são realizados o acompanhamento psicológico e pedagógico, encaminhando os jovens para casas de abrigo, dependendo do caso.

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