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Cavalo-Marinho
É uma dança natalina, típica da Zona da Mata Norte de Pernambuco e algumas regiões da Paraíba; conta com divertidos diálogos, muitas vezes improvisados. O espetáculo tem início quando os músicos homenageiam os donos do terreiro e o público. Tocam sentados e as músicas são chamadas de toadas (versos cantados) e as loas (versos falados). Os principais instrumentos são: a rabeca, o pandeiro, o ganzá e o reco-reco. A dança do Cavalo Marinho é bastante animada e seu ritmo é marcado por um sapateado que lembra o galope dos cavalos. São passos rasteiros intercalados de saltos rápidos, para levantar poeira. O movimento do brinquedo chama-se bater mergulho, é quando o corpo faz um movimento "em cima" e "em baixo". São mais de 70 personagens, entre humanos e animais. As figuras mais conhecidas são Mateus, Bastião, Catirina, os galantes, as damas, o Capitão e o Soldado. Às vezes trazem um índio, representando a importância das religiões afro-indígena, em especial a Jurema Sagrada e a Umbanda, para os que fazem o brinquedo. Entre os animais, o Boi e o cavalo se destacam. Suas roupas são enfeitadas com fitas e espelhos e usam chapéus bastante enfeitados. A festa é coordenada pelo Capitão Marinho, que chega a cavalo, e usando um apito, marca o ritmo da música, ordena o início e o término da festa. Os amigos Mateus e Bastião dão bexigadas em todos que entram na roda, pois são contratados para tomar conta da festa. Eles fingem obedecer ao patrão e se divertem fazendo artimanhas. Os galantes e as damas, formando pares, realizam um baile em honra aos Santos Reis do Oriente, cantam loas e fazem a dança de São Gonçalo dos Arcos. São apresentadas diversas situações, entre elas, momentos do Reisado e do Bumba-meu-boi, terminando com a morte e ressurreição do boi. Em algumas regiões, o cavalo marinho é conhecido como bumba-meu-boi.
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