Profissionais da área de assistência, infância e juventude, ONGs e juizados  estão participando, nesta quarta-feira (17), do II Seminário Temático Família e Cidadania. Com o tema “A Centralidade da Família na Política de Assistência Social e na Prática Cotidiana”, o evento é promovido pelo Instituto de Assistência Social e Cidadania (Iasc), em parceria com a ONG Lar do Nenén, e acontece no Museu da Cidade do Recife, bairro de São José. O objetivo do seminário é realizar trocas de experiências e reflexões sobre o trabalho social com as famílias e sensibilizar os profissionais para a importância de trabalhar com elas.

A abertura foi realizada pela gerente de Média Complexidade do Iasc, Bernadete Gondim. “A família é a centralidade e tem função protetora, por isso é necessário cuidar dela. Pretendemos trabalhar de forma mais ampliada, ir além do pai e da mãe. O nosso foco são as pessoas que têm relação de afinidade. Afinal, se estiver bem cuidada, a estrutura do cidadão será bem melhor”, disse. Para a presidente do Lar do Nenén, Sílvia Sales, momentos como esse são importantes para a instituição, principalmente porque tem o mesmo objetivo do Iasc. “Enxergamos a criança e a família da mesma forma, tendo uma visão da comunidade como um todo. Então, essa parceria deu uma ênfase muito grande, o nosso trabalho cresceu e está com outra qualidade”, afirmou Sílvia.

Entre os profissionais que estão ministrando o seminário, a doutora em Psicologia Social, Maria Isolda Bezerra de Menezes (PUC -São Paulo), abordou o tema: “Por que desenvolver um trabalho social com as famílias?”. A especialista defendeu que o trabalho na família é necessário porque não há nada que a substitua. “Se todos tivessem consciência de que a origem dos problemas está na família, se investiria mais nela. Afinal, não há carinho e atenção que substitua os familiares”, falou. A palestrante também abordou a relação da família com a pós-modernidade, que tem como características a flexibilidade, a fragmentação e a instabilidade.

No final do evento serão formados grupos de estudo, firmados outros encontros e seminários para trabalhar a família. “É um processo de formação, ainda são necessárias muitas discussões. Vamos continuar com outras atividades e palestras para qualificar os profissionais que lidam com essa temática”, finalizou Bernadete Gondim.

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