O prefeito João da Costa recebeu, na tarde desta quinta-feira (19), a secretária Nacional de Habitação, Inês Magalhães. O encontro aconteceu no Gabinete do Prefeito, que fica no 9º andar do edifício-sede da Prefeitura, no Bairro do Recife. Também participaram da reunião o secretário Municipal de Habitação, Heraldo Selva, e a secretária Municipal de Assistência Social, Karla Menezes.

Na pauta do encontro constou a proposta de implantação de um projeto que tem apresentado resultados positivos em várias partes do mundo. Com a colaboração do Fundo Internacional de Combate à Pobreza, que subsidia a organização internacional Steel Deck Institute, é promovido um processo de qualificação social e econômica com comunidades de menor poder aquisitivo para trabalhar, com autonomia, o seu próprio desenvolvimento. O prefeito mostrou-se aberto à proposta, garantindo que será de extrema importância para a cidade receber esse projeto. “Nós recebemos essa proposta da secretária com satisfação e alegria. Vamos buscar alternativas para esse trabalho, que poderá nos ajudar no combate à pobreza na nossa cidade”, declarou João da Costa.

O projeto piloto, que tem o seu braço nacional na Rede Interação, será implantado na região da Bacia do Beberibe, que agrega as cidades do Recife, Olinda e Camaragibe e onde já vem sendo desenvolvido o Projeto de Saneamento Integrado, que conta com investimentos do PAC e da Prefeitura do Recife. A secretária Inês Magalhães classificou a região como uma espécie de menina dos olhos dos investimentos do PAC, e que isso foi decisivo para trazer o projeto piloto do Fundo de Combate à Pobreza para Recife. “Nós pensamos em Recife, pois a cidade já tem tradição da participação popular em seus projetos. Por isso, avalio que será um trabalho bastante interessante”, disse Inês.

A idéia apresenta dois eixos principais: O autocredencimento e a poupança comunitária. O primeiro permite que a própria comunidade identifique o seu perfil, através de uma espécie de censo, o que lhe garante um maior conhecimento da sua realidade social e econômica. Já a poupança comunitária garante que os moradores criem uma espécie de fundo econômico coletivo, administrado pela própria comunidade, em prol da aplicação de investimentos com recursos próprios em atividades que sejam desenvolvidas para o bem comum. Como representante do Governo Federal, a secretária defendeu que a proposta agregue as esferas nacional, estadual e municipal, num trabalho integrado com a comunidade, e que será subsidiado pelo SDI.

“Isso permite que a comunidade tenha mais autonomia e propriedade para gerir seus próprios recursos, traçar suas diretrizes e prioridades, e, ao mesmo tempo, interagir com a esfera pública”, explicou a secretária Inês Magalhães. Representantes do Fundo Internacional de Combate à Pobreza já se encontram em Recife discutindo as linhas de atuação do projeto.

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