O pólo médico da cidade do Recife ganhou, na noite desta quinta-feira (22), um novo espaço para a realização de congressos, convenções, conferências e eventos culturais e artísticos. Numa solenidade que reuniu convidados e profissionais da área de saúde, o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – IMIP, inaugurou o Espaço Ciência e Cultura, localizado no Hospital Pedro II, no bairro dos Coelhos. A cerimônia de entrega foi prestigiada pelo prefeito do Recife, João da Costa, e a primeira-dama Marília Bezerra, além dos secretários municipais de Saúde, Gustavo Couto e Cultura, Renato L. O novo auditório tem capacidade para 720 pessoas, é todo climatizado e conta com moderno sistema acústico de áudio e vídeo. Para celebrar a inauguração do espaço, a Orquestra Sinfônica do Recife, sob a regência do Maestro Osman Gioia, realizou uma apresentação especial para os presentes.
 
Na sua saudação, o prefeito João da Costa ressaltou a importância do IMIP para a cidade e o surgimento do novo ambiente. “Como prefeito do Recife fico feliz com a restauração do Hospital Pedro II pelo IMIP, assim como a construção desse espaço que irá receber congressos e eventos na área da saúde, mas também atividades culturais dialogando com toda a comunidade”, disse. Para o gestor, a consolidação do complexo do Instituto Fernando Figueira concretiza o município como um pólo no setor de saúde. “O Recife tem uma característica estratégica na área de serviços, e, pela sua história e vocação, será a cidade prestadora de serviços nesse novo momento de Pernambuco”, afirmou João da Costa, destacando a qualidade do trabalho desenvolvido pelo IMIP na saúde pública do estado. “Essa vitória na construção desse espaço, não é apenas no IMIP, mas de todo o Recife e do povo de pernambucano”, finalizou o prefeito.
 
Representando o presidente do instituto, Antônio Carlos Figueira, o vice-presidente, professor Bertoldo Kruse, lembrou do desejo do fundador da entidade (que dá nome ao IMIP, Fernando Figueira) em integrar o Hospital Pedro II ao instituto. “Quando o Pedro II integrou-se ao IMIP houve a concretização de um dos mais belos sonhos de Fernando Figueira. Este hospital teve momentos de decadência e de glória, e com o IMIP e a dedicação do nosso presidente, nós podemos fazer hoje aqui uma viagem ao passado e ao futuro”, informou o vice-presidente da instituição. Segundo a presidente da Fundação Alice Figueira, Silvia Rissin, a conquista do Espaço Ciência e Cultura tem a participação de todos os colaboradores do IMIP. “É com muita honra e carinho que damos continuidade ao trabalho de Fernando Figueira”, falou.
 
Na avaliação do secretário de Saúde do Recife, Gustavo Couto, a recuperação do Hospital Pedro II, por toda a história que o local possui, é muito positiva para a cidade. “O IMIP é um parceiro importante na rede de saúde pública de Pernambuco, e esse novo local para conferências, palestras e apresentações culturais é de fundamental benefício para a população”, defendeu o secretário. Após as falas, o prefeito João da Costa o vice-presidente do IMIP Bertoldo Kruse, e demais convidados de honra realizaram o ato simbólico de descerramento da placa do Espaço Ciência e Cultura. Em seguida, a Orquestra Sinfônica do Recife executou duas peças para a platéia. A primeira foi “Suíte Antiga” do compositor brasileiro Alberto Nepomucemo e que é composta por três movimentos. Na seqüência, os músicos apresentaram a “Sinfonia nº 5”, de Schubert, que tem quatro movimentos. O encerramento foi ao som de muitos aplausos dos presentes à inauguração.              
 
Restauro e modernização - Em 27 de dezembro de 2007, o então prefeito do Recife, João Paulo, sancionou uma lei assegurando o repasse de R$ 1,5 milhão para o restauro e modernização do antigo Hospital Pedro II, nos Coelhos. A sanção definiu o repasse de 24 parcelas de R$ 62,5 mil – recursos provenientes do Tesouro Municipal. A reforma teve início em março de 2007 e a expectativa é que a obra seja retomada no primeiro semestre de 2010.
 
O projeto de modernização pretende resgatar o projeto arquitetônico original do complexo hospitalar, associando a preservação do antigo edifício com as exigências impostas pelo novo uso. A proposta é que o local conte com uma Unidade Geral de Transplantes (com bloco cirúrgico, UTI pós-transplante, ambulatórios e enfermarias) e serviços de Radioterapia, Hemodiálise, Fisioterapia Motora e Arquivo Médico e Estatística. O prédio também abrigará a presidência do Instituo de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), a Fundação Alice Figueira, atividades assistenciais, a Escola Politécnica de Saúde de Pernambuco e o Memorial de Saúde Materno-Infantil Professor Fernando Figueira.

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