Acompanhado de representante da Fundação Roberto Marinho, João da Costa percorre obras do futuro equipamento cultural da PCR

Na tarde desta terça-feira (20), o prefeito João da Costa fez uma visita às obras do edifício onde funcionará o Paço do Frevo, espaço que, gerido pela Secretaria de Cultura, será inteiramente dedicado à celebração e valorização de um dos principais ícones da identidade pernambucana. Além do prefeito, estavam presentes o diretor de Desenvolvimento Institucional da Fundação Roberto Marinho (FRM), Ricardo Piquet; os secretários  Renato L (Cultura) e Ceça Britto (Relações com a Imprensa e Comunicação); a presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife (FCCR), Luciana Félix; e a diretora de Desenvolvimento e Descentralização Cultural da Secult/FCCR, Luciana Veras.

João da Costa percorreu os quatro pavimentos do prédio onde, até 1973, funcionou a Western Telegraph Company. A gerente de Patrimônio da Fundação Roberto Marinho, Mariângela Castro, que é responsável pelo projeto, ciceroneou o prefeito. “A obra está correndo dentro do cronograma proposto desde o início do projeto e acreditamos que, até o próximo dia 9 de fevereiro, quando comemoramos o Dia do Frevo, teremos a primeira etapa entregue. Neste ritmo, até o final de 2011, poderemos entregar o Paço do Frevo ao público”, disse o prefeito.

Quem também estava satisfeito com o andamento das obras foi o representante da Fundação Roberto Marinho, executora do projeto. “Essa parceria com a Prefeitura já era desejada há muitos anos. O prefeito João da Costa teve a sensibilidade e generosidade de acolher a ideia, não apenas com os recursos financeiros, mas com a aquisição do prédio. A Fundação Roberto Marinho tem muito orgulho de participar dessa empreitada”, colocou Piquet.

Os presentes na visitação foram informados pela responsável pelo projeto, Mariângela Castro, que até o momento, cerca de 35% das obras a serem feitas na primeira das três etapas já foram executadas. “Encontramos as janelas tijoladas (fechadas com alvenaria) e uma das primeiras coisas que fizemos foi retirar o reboco antigo das fachadas. Nas escavações, para os reservatórios de água e fosso do elevador, foram encontrados artefatos históricos, que estão sendo limpos e catalogados por um profissional de arqueologia contratado pela Fundação Roberto Marinho”, explicou enquanto exibia alguns dos objetos encontrados no local: duas garrafas de porcelana, ainda dos tempos da Invasão Holandesa. De acordo com técnicos da PCR, foram encontrados ainda cachimbos e outros utensílios que serão entregues à PCR.

A vista ao prédio revelou o status atual da primeira fase da obra, que tem o prazo de oito meses para ser concluída, como a recuperação das fachadas (janelas e revestimento externo) e ainda do telhado e fosso do elevador. Do térreo, primeiro e segundo andares, foram retirados os pisos desgastados. Já na coberta do edifício, uma nova calha será instalada, desta vez em cobre, material mais indicado do que o alumínio que foi usado na anterior. Algumas paredes do interior do prédio foram demolidas para dar espaço para salas de aula e adições. O primeiro emboço – mão de massa aplicada nas paredes - já foi feito. No primeiro andar, algumas janelas receberam o contra marco e todas as esquadrias novas já estão no local da obra, só esperando o momento de serem afixadas. Algumas esquadrias, portas e janela antigas serão reutilizadas, preservando o material original, e o serviço de requalificação do material está em andamento.

O PROJETO – O Paço do Frevo, que ficará no prédio onde até 1973 funcionou a Western Telegraph Company, será um lugar de preservação e também de criação, além de ponto de encontro de artistas e pesquisadores do ritmo que é cara da Capital Pernambucana. Para a realização do projeto, a Prefeitura do Recife está investindo cerca de R$ 3 milhões, e o Paço do Frevo conta ainda com o patrocínio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da em Empresa de Turismo do Governo de Pernambuco, além do apoio do Grupo Camargo Correa, da Celpe – Grupo Neoenergia – e do Ministério da Cultura e Lei de Incentivo à Cultura.

O prédio de 1.733m² tem arquitetura eclética e faz parte do complexo turístico das cidades do Recife e de Olinda, sendo tombado pelo Iphan desde 1998. Na segunda etapa da reforma, será a hora de erguer algumas paredes para recuperação do espaço físico interno. Serão feitas ainda as instalações prediais de sistema de abastecimento de água e esgoto. No terceiro momento de construção do Paço do Frevo será feito o trabalho de museografia, que ficará a cargo da artista Bia Lessa. Nesta etapa de finalização, serão construídos os espaços internos que darão origem a um bar e uma loja integrados, uma biblioteca, uma sala de consulta e uma sala de exposições temporárias, entre outras áreas administrativas.

O Paço do Frevo também oferecerá ao público salas de ensaio e um estúdio de gravações musicais, salas de aula e ensaios de dança. Também será construído um espaço para uma exposição permanente e salas de audição de espetáculos de música, dança e vídeos sobre o frevo. O objetivo da criação destes espaços é estimular o aprendizado do frevo, de sua história, música e dança e promover ações educativas, com a realização de oficinas, exposições e apresentações especiais.

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