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Cultura

ORGIA DIONISÍACA DE BACANTES “CARNAVALIZA” PEIXINHOS
17:07 Sábado, 10 de Julho de 2010

Um dos mais aguardados e polêmicos espetáculos da turnê chega ao Recife à bordo do projeto Dionisíacas em Viagem

Por Juliano Muta

Ao som de “Voltei Recife” e outros frevos pernambucanos, o público foi convidado a entrar na arena montada pelo Teatro Oficina na Refinaria Multicultural Nascedouro de Peixinhos, na noite desta sexta-feira (09), para acompanhar o terceiro e penúltimo espetáculo da turnê Dionisíacas em Viagem no Recife. O clima carnavalesco preparava o público para embarcar em Bacantes, talvez a mais esperada peça da compania.

Em cena, o ritual de origem do teatro em 25 cantos e 5 episódios, com direção e música composta por José Celso Martinez Corrêa, iniciado pela chegada do deus Dionysios (interpretado pelo pernambucano Marcelo Drummond), filho de Zeus (Hector Othon) com a mortal Semelle (Anna Guilhermina), em sua cidade natal, TebaSP, que não o reconhece como deus. Seduzidos por esse deus que acabou de chegar, o governador Kadmos, suas filhas Agave, Autonoe, Ino e tudo quanto é mulher da Cadméia vão pro morro, pra participar da festa de Dionysios.

Penteu, neto do governador, agora presidente de TebaSP, manda cortar, não oferece nada para os ritos da nova religião dionizíaca, e por isso acaba caindo na tragédia provocada por Dionysios e perdendo a cabeça na festa pelas mãos da mãe Agave. Em Bacantes, o profano é constantemente evocado, seja na nudez dos atores ou na catarse sexual que é proposta a todo o momento. “A questão principal nessa peça é a adoração. Bacantes provoca a cultura cristã e questiona o poder imposto pore ela”, comentou o ator Hector Othon.

Com autoria e direção de Zé Celso, Bacantes teve sua primeira montagem em 1995. A nova versão foi lançada em 2009, pelo Sesc São Paulo. Durante as quase quatro horas de espetáculo, intercaladas por dois intervalos de 15 minutos, não há espaço para o pudor. A orgia, a festa, o carnaval dão o tom da encenação, guiados principalmente pela trilha sonora, que é feita ao vivo, pelos músicos Guilherme Calzavara, Ito Alves, Marcos Leite, Rodrigo Jubeline e Zé Pi.

 Bacantes foi até o momento a peça mais prestigiada, não só por estudantes e intelectuais, mas principalmente pela comunidade local. “Achei o público de Peixinhos muito receptivo. É muito interessante essa idéia de levar teatro pra quem não pode ou não tem chance de assistir. Bacantes é a peça que faz mais sucesso, talvez por ser uma peça de estádio, como num jogo de futebol”, disse a atriz Adriana Capparelli, que interpretou Autonoe.

 BACANTES inspirou a atual arquitetura do Erro! Indicador não definido, dos arquitetos Lina Bo Bardi e Edson Elito. O teatro tem no seu conjunto uma cachoeira, um jardim, um teto-móvel que se abre para o céu de São Paulo e uma pista ladeada de arquibancadas. Em 2001 Bavantes foi remontada e filmada em DVD que saiu em 2008 patrocinado pela Petrobras, no Festival Teatro Oficina. No ano de 2009 o Oficina realizou duas apresentações em Araraquara, a convite do Sesc. E em 2010 a peça entrou na programação das Dionisíacas para viajar o Brasil. Recife é a Terceira cidade da turnê, que já passou por Brasília e Salvador.

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