BOLSA-ESCOLA LEVA BENEFICIADOS PARA PASSEIO PELO CAPIBARIBE
Que tal uma panorâmica do Recife de dentro para fora? Este foi o programa mensal de 45 mães e responsáveis por estudantes da rede pública municipal que fazem parte do Programa Bolsa-Escola, na tarde desta quarta-feira (23). Durante uma hora, eles estiveram a bordo do Barco-Escola Águas do Capibaribe para conhecerem o Recife por outro ângulo. O embarque aconteceu no Marco Zero, no Bairro do Recife, e o trajeto consistiu da passagem por seis pontes centrais (Giratória, Maurício de Nassau, Buarque de Macêdo, Princesa Isabel, Duarte Coelho e Limoeiro) até o limite de municípios entre a capital pernambucana e Olinda. O retorno ao local do embarque foi pela Boca da Barra – encontro do rio Capibaribe com o Oceano Atlântico.
Sob as orientações dos professores-guia José Renato e Kate Limeira, os convidados tiveram mais do que um passeio: uma aula ambiental sobre o rio Capibaribe, e os bairros do Recife e Santo Antônio, ambos no Centro. Aliás, a paisagem natural e arquitetônica que constitui o roteiro já seria o suficiente para deslumbrar aos “privilegiados” que estiveram a bordo do Águas do Capibaribe. Entre fatos e histórias, os professores-guia explicavam aos passageiros os porquês das atuais condições sócio-econômicas e ambientais da cidade. “Desde a época do Brasil Colônia que as explorações começaram no País”, disse José Renato. “É preciso haver mais critério naquilo que consumimos e no próprio lixo que produzimos”, orientou Kate Limeira.
Para quem já estava acostumado ao percurso, nada como outra ocasião para desfrutar de paisagens naturais e arquitetônicas. Moradora do bairro de São José, a participativa aposentada Native Viana, 68 anos, vibrou por estar de volta ao Águas do Capibaribe. “Mais uma vez, achei tudo ótimo. Como sempre, fomos bem tratados e espero que todos tenham gostado do passeio”, afirmou, ao se dirigir ao público no microfone utilizado pelos professores-guia, após a palavra ter sido facultada aos convidados.
Para a dona de casa Claudilene Severina da Silva, que mora nos Coelhos, o passeio teria apenas uma segunda visão, caso não estivesse completando 30 anos exatamente nesta quarta-feira (23). “É bom porque a gente aprende a ver o que temos que fazer para melhorar o meio-ambiente”, enfatizou a tímida aniversariante, que foi celebrada com o tradicional “parabéns para você”, entoado por todos os presentes.
Sentada numa das últimas fileiras da embarcação, ao lado de Claudilene, a “marinheira de segunda viagem” Maria de Fátima, 53 anos, mostrou-se consciente e engajada em prol da preservação ambiental. “Este passeio é muito importante porque educa a população. A gente vê de perto a poluição e aprende como cuidar para não continuar a poluir os rios, e evitar que os esgotos sejam despejados neles”, observou.
O que é isso?
