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Educação, Esporte e Lazer

ESCOLAS MUNICIPAIS PARTICIPAM DE CAMINHADA NO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

Independente de cor, credo e classe social, milhares de pessoas acompanharam a concentração de cerca de 1.200 alunos de 50 escolas da rede de ensino municipal, na tarde desta quinta-feira (20), no Parque Treze de Maio, no bairro Santo Amaro. Foi a “4ª Caminhada das Escolas Municipais Redescobrindo-se Negras”, que faz parte da comemoração do dia Nacional da Consciência Negra, promovido pela Prefeitura do Recife. O evento foi coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Cidadã, por meio da Diretoria de Igualdade Social, em parceria com a Secretaria de Educação, Esporte e Lazer.

Já na concentração, freviocas trazendo grupos de afoxé, além de centenas de batuqueiros de grupos de maracatu e capoeira das próprias escolas municipais esquentavam os tambores, preparando o clima no Parque Treze de Maio, que foi palco da mais autêntica demonstração do caráter sincrético da cultura brasileira, reunindo brancos e negros num mesmo momento: a celebração do valor e da contribuição dos povos africanos para a construção da identidade brasileira. A coordenadora do Grupo de Trabalho em Educação das Relações Étnico-Raciais (Gterê), Fátima Oliveira, destacou que a grande participação de alunos e professores das escolas municipais neste evento caracterizam o êxito de um trabalho desenvolvido há mais de dois anos, quando o Gterê foi criado. “Nós procuramos discutir o legado do povo africano e afro-brasileiro com o objetivo de levar os estudantes a reconhecer uma identidade afirmativa”, explicou Fátima.

As ações do Grupo se baseiam nas orientações definidas pelas Leis 10.639/03 e 11.645/08, que estabelecem as diretrizes curriculares que tornam obrigatório o ensino da História Afro-brasileira e Indígena, respectivamente, nas escolas públicas municipais. Oficinas, seminários e atividades dentro das comunidades são algumas das ações realizadas pelo Gterê seguindo esse viés. “Nós procuramos garantir uma reflexão da história da cultura africana, afro-brasileira, indígena, fazendo com que os alunos conheçam isso, tornando nossa escola mais justa e democrática, um espaço pluriétnico. A gente faz com que nossa escola abra espaço para que venha também não só o negro, mas o índio, o cigano. E o resultado desses dois anos do Gterê é essa caminhada.”, concluiu.

Esse resultado pôde ser percebido pela presença maciça de jovens de várias idades na ocasião. Entre as várias unidades de ensino que participavam do evento, a Escola Municipal Dom Bosco, do bairro de Jardim São Paulo, na RPA-5, era uma das mais empolgadas, trazendo de frente um grupo de nove meninas representando a beleza da raça negra, as “pérolas negras”. A diretora da unidade, Carmem Dolores, ressaltou o papel da escola na construção de uma forma mais ampla na percepção dos estudantes em relação à etnia. “O papel da escola é provocar uma discussão sobre a questão da identidade nos adolescentes, a se reconhecerem como negros, quando, muitas vezes, eles são levados pela sociedade a negarem tal condição. O papel da escola é fomentar esse entendimento”, explicou Carmem. Esse reconhecimento da negritude vai além da cor da pele, está no sangue. Exemplo disso é o aluno Alex Oliveira, 15 anos, que, apesar da cor branca de sua pele, é descendente de negros (a avó paterna era negra). Ele faz parte do Maracatu Filhos do Sol, da Escola Dom Bosco, e se considera um autêntico afro-descendente. “Eu sempre achei isso bonito, por isso entrei no maracatu, porque é a cultura dos meus antepassados, e eu me considero um negro”, disse Alex.

Pontualmente, às 16h30, a multidão de alunos, professores, animadores culturais, representantes de terreiros e populares que se concentrava no Treze de Maio, seguiu em direção ao Pátio do Carmo, no bairro de São José, onde uma grande festa, que teve início às 18h, chamou toda a população da cidade a comemorar o dia Nacional da Consciência Negra, com apresentações de diversos grupos de maracatu, afoxé, samba, além da participação do grupo cubano de percussão e dança “Kokoye”. A programação do Mês da Consciência Negra segue nos dias 21 e 22, com o seminário “Políticas de Ações Afirmativas para a População do Recife”; no dia 29, às 14h, quando acontecerá, no Armazém 14, Bairro do Recife, o Encontro de Dança Afro das Escolas de Ensino do Município do Recife, e encerra no dia 31, com a 9ª Caminhada pela Paz, organizada pelo Movimento Internacional pela Paz e Não-Violência, que irá se concentrar às 16h, no Segundo Jardim de Boa Viagem, prosseguindo até o Pina.

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