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A Prefeitura

PREFEITURA CAPACITA COMERCIANTES DA ORLA DO RECIFE
10:00 Segunda-feira, 21 de Setembro de 2009

A Prefeitura do Recife inicia, na próxima segunda-feira (21), mais uma etapa da capacitação de comerciantes que atuam na orla da Cidade, de Brasília Teimosa até Boa Viagem. No curso serão abordados assuntos como a preparação de alimentos, orientações para o manuseio, acondicionamento e comercialização para a gastronomia popular. Dessa vez, o público-alvo será os 1,3 mil vendedores que trabalham com alimentos na praia. O trabalho será desenvolvido pelas secretarias de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, Saúde e Planejamento Participativo.

As aulas serão realizadas de 21 de setembro até 09 de outubro. Os comerciantes serão distribuídos em turmas de 130 pessoas cada. O curso tem a duração de 7 horas, sendo realizado das 9h às 12h e das 13h às 17h, no Restaurante Escola do Centro Público de Casa Amarela, na Avenida Norte, pela Diretoria de Abastecimento e Segurança Alimentar e a Vigilância Sanitária do Recife.

A Secretaria Municipal de Saúde ficará responsável pela realização do módulo sobre manipulação de alimentos e boas práticas de asseio. “Num primeiro momento, explicaremos aos participantes o papel da Vigilância Sanitária do Recife e a necessidade das intervenções que temos realizado dentro do Projeto Orla. Em seguida, discutiremos pontos como acondicionamento, transporte, conservação, estocagem e manuseio de comidas e bebidas, bem como qualidade da matéria-prima e uso de fardamento e abrigo, entre outros tópicos”, explicou o gerente do órgão, Luiz Paulo Brandão.

“Para a população, a oferta do curso é mais uma garantia do quanto a Prefeitura do Recife está preocupada com a qualidade do que é oferecido pelos comerciantes na beira-mar da Capital. A expectativa é que, devidamente orientados, eles possam colaborar com nosso propósito de melhorar as condições de segurança alimentar na Orla, evitando riscos como a transmissão de doenças em decorrência do consumo de alimentos contaminados e mesmo o prejuízo financeiro com a apreensão de mercadorias estragadas”, apontou o secretário municipal de Saúde, Gustavo Couto.

Pesquisa – A capacitação terá como base uma pesquisa realizada pela Vigilância Sanitária do Recife, nos meses de março e abril deste ano, com os comerciantes informais de alimento que atuam na Orla – incluindo ambulantes e carroças. Em parceria com a Dircon, o órgão também aplicou um questionário com o objetivo de traçar o perfil dos profissionais que atuam na informalidade na beira-mar recifense. Ao todo, 941 pessoas responderam ao material.

Nesse período, também foram recolhidas 76 amostras de produtos comestíveis vendidos nos 8,5 quilômetros do litoral do Município. As porções seguiram para o Laboratório Municipal de Saúde Pública, sendo analisadas de acordo com parâmetros estabelecidos pela Anvisa. Mais da metade do material coletado estava em desacordo com os padrões exigidos pela legislação. A maior parte das contaminações tinha como causa as enterobactérias Proteus spp (42 – 55%); coliformes fecais (37 - 49%) e Staphylococcus (7 - 9%), responsáveis por problemas como diarréia, gastroenterite e toxi-infecção alimentar. Pelo menos 25% das amostras apresentaram contaminação por mais de um microorganismo.

A abordagem junto aos comerciantes informais mostrou, ainda, a ocorrência de irregularidades que acabam levando ao surgimento de problemas. Entre as mais freqüentes estavam: precárias condições de higiene e conservação das caixas de isopor; utilização de gelo não-industrializado; carroças mal conservadas, sem padronização e guardadas em locais precários; manuseio de dinheiro e comida pela mesma pessoa; descarte de casca de ostra direto na areia, possibilitando risco de cortes; exposição de alimentos a temperatura inadequada de conservação; contato manual com canudos destinados a bebidas; preparo de refeições em vias públicas; falta de fardamento; ausência de dispositivo para higienização das mãos; e colocação de lixo em contato com a areia da praia.

“Diante das condições desfavoráveis encontradas pela Vigilância Sanitária, tomamos providências para reforçar o acompanhamento do comércio informal na área. Para isso, desenvolvemos ações permanentes de inspeção e educação continuada, além de estarmos inseridos na programação de capacitações que serão oferecidas a esse público, empreitada realizada em parceria com outras secretarias”, comentou o secretário de Saúde do Recife, Gustavo Couto.

Perfil - O levantamento realizado pela Prefeitura do Recife teve como base um questionário aplicado aos 941 comerciantes, contendo perguntas que abrangiam do setor trabalhado à origem e tipo de alimento vendido. O resultado apontou que, entre os produtos mais comercializados na beira-mar da Capital, estão as bebidas (35,2%), seguidas por comidas como peixada e caldeirada (12%) e caldinhos (11,6%). Quanto à procedência, a maior parte era de produção caseira (37,3%), industrializada (36,5%) ou mista (12,3%).

Outro dado conseguido com a pesquisa foi o local de atuação – predominantemente em Boa Viagem. A maioria dos entrevistados negocia seus itens entre as ruas Henrique Capitulino e Antônio Falcão (21,9%). O trecho que vai da Padre Carapuceiro à Ribeiro de Brito foi o segundo preferido (17,6%) e, em terceiro lugar, a região compreendida pelas ruas Tomé Gibson e Henrique Capitulino. Entre os comerciantes abordados, 61% moram no Recife. Os demais vêm da Região Metropolitana (Camaragibe, Igarassu, Itamaracá, Abreu e Lima, Cabo, Itapissumo, entre outras), e até de cidades mais distantes como Paudalho, Tracunhaém, Carpina, Escada, Nazaré da Mata e Goiana. 


Inscrições e crédito - A Prefeitura do Recife dá continuidade às atividades de estruturação do comércio popular realizado nas praias de Boa Viagem, Pina e Brasília Teimosa. Nesta sexta-feira (18), técnicos da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico (SCTDE) estiveram em dois pontos da Orla, com o objetivo de receber as inscrições para o segundo módulo de capacitação dos comerciantes locais. O novo curso, que tem a carga horária de 7 horas, acontece entre os dias 21 de setembro e 09 de outubro, trata de técnicas de produção e manipulação de alimentos. As inscrições continuam neste sábado (19) até as 17h.

Técnicos do Banco do Povo da PCR aproveitaram o momento para fazer um levantamento dos ambulantes que se interessam em ter acesso a crédito. Isso porque a Prefeitura fez uma parceria com o Banco do Brasil para viabilizar empréstimos a juros baixos (1%), com o intuito de ampliar o capital de giro dos trabalhadores, melhorar a condição de trabalho e aumentar a renda.

Duas tendas foram montadas no calçadão para atender aos comerciantes. Uma delas está localizada na praia de Boa Viagem, na altura da avenida Antônio Falcão, e outra na entrada de Brasília Teimosa, ao lado do Núcleo de Segurança da Polícia Militar. Em cada uma delas, seis técnicos da SCTDE realizam o agendamento do curso e dão explicações sobre o acesso ao crédito. O agendamento é necessário pois cada dia é dedicado a tipos de alimentos diferentes. É necessário respeitar as especificidades de cada produto e para isso existe um dia específico para os comerciantes de amendoim, castanha e cocada e outro para caldinho, caldeirada e ostra, por exemplo.

Para se inscrever, os trabalhadores precisam ter feito o cadastramento e o primeiro módulo do curso, que aconteceu de 17 a 28 de agosto e abordou atendimento ao cliente, organização das contas e preços dos produtos. Dona Maria de Jesus do Nascimento, barraqueira há 15 anos, aprova a iniciativa da Prefeitura. “No começo fiquei super assustada, todo mundo achava que a gente não poderia mais trabalhar na praia. Agora, já virei fã, no primeiro módulo, aprendi a ser mais organizada com as minhas contas; agora vai ser legal aprender como guardar e servir os alimentos, ainda por cima, descobrir que posso ter acesso a crédito e comprar mais coisas para vender. Está uma maravilha!”, festeja a comerciante que ganha cerca de R$800,00 por mês.

Para garantir a freqüência dos comerciantes, a PCR disponibilizará dois ônibus para o transporte dos alunos ao Centro Público de Trabalho e Renda, localizado na Avenida Norte, n°5600, Casa Amarela, onde serão ministrados os cursos. A saída dos veículos acontece às 7h30 e o ponto de saída é em frente ao edifício Acaiaca e na entrada de Brasília Teimosa.

Francisco de Assis, dono do Caldinho do Assis, que percorre as areias de Boa Viagem há 14 anos, foi atendido e ficou impressionado com a facilidade de ter acesso a crédito. “Não precisa comprovar renda, nem ter fiador”, comentou. Durante o atendimento, um cadastro é preenchido e enviado ao banco; a instituição então entra em contato com o comerciante para avaliar as possibilidades de empréstimo.

 

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