Evento apresenta o melhor da cultura nipônica no Bairro do Recife

Ikebanas, origamis, temaris e bonsai. Yakisoba, harumaki, yakitori e okonomiyaki... No próximo dia 28, todas as curiosidades sobre estas marcas da cultura nipônica poderão ser tiradas durante a XIV Feira Japonesa do Recife, que acontece nas ruas do Bairro do Recife, das 10h às 22h. O evento tem o objetivo de trazer à capital pernambucana um pouco da milenar cultura asiática, apresentado as principais expressões da música, arte, culinária, artesanato e dança da Terra do Sol Nascente. A assessora técnica de Relações Internacionais da Prefeitura do Recife, Luciana Pereira Silva, participa da abertura da festa, na companhia do cônsul do Japão no Recife, Akira Suzuki.

Como nos anos anteriores, a manifestação ocupará os espaços da Rua do Bom Jesus, Praça do Arsenal da Marinha e Rua Domingos José Martins, com vasta programação. Diretamente de São Paulo, se apresenta o grupo Kassaodori, com a Shan Shan Kassa Odori. Trata-se de uma dança tradicionalmente realizada na rua, no Dia de Finados, durante o Tottori Shan Shan Festival, na província de Inaba. O número mostra a evocação da boa colheita entre os agricultores. Esta tradição é uma homenagem a um rapaz que dançou três dias e três noites e que, exausto, veio a falecer, pedindo o milagre da chuva, em virtude da estiagem, que impedia a colheita do arroz.

A dança do guarda-chuva, como também é conhecida, é uma singela evolução com belas sombrinhas coloridas, guizos presos em volta do kassa (guarda chuva) que batem entre si e ecoam ao movimento. É um trabalho artesanal montado peça por peça, importadas diretamente da província de Tottori. Aqui no Brasil, o Shan Shan Kassa Odori é apresentado em vários eventos desde 1985, pelo grupo Kassaodori.

Atrações locais também participam da festa. O grupo de dança Yosakoi Soran, da Associação dos Jovens Nikkeis do Recife (Seinenkai), se apresenta pelo sexto ano consecutivo. Outro destaque é o grupo Ren Taiko Recife, da Associação Cultural Japonesa do Recife (ACJR), grupo de percussão de wadaiko, o tradicional tambor japonês. A festa ainda traz uma programação infantil, animes e mangás, academias de artes marciais e desfiles. A expectativa dos organizadores é que o evento supere a média dos 40 mil visitantes, registrados nas edições anteriores. Como acontece a cada ano, foi escolhido um tema que neste ano é o sushi, um dos mais fortes integrantes da tradicional culinária nipônica e, hoje, muito popular no mundo inteiro.

Segundo a coordenadora da Feira Japonesa, Zélia Faria, quem passar pelo Bairro do Recife terá a oportunidade de vivenciar um pouco da cultura do país e aprender sobre as peculiaridades de seu povo. “Na feira apresentaremos um pouco do que é o Japão nos dias de hoje. Uma mistura entre o tradicional e o contemporâneo. Lá estarão, desde as danças tradicionais, até os animes, mangás e outras manifestações mais modernas, como desfiles de Cosplay e campeonatos de Go e Shôgí (jogos de mesa). Os visitantes também poderão experimentar as comidas típicas, pois teremos uma série de estandes espalhados pelo Recife Antigo”, explicou.

A Feira Japonesa conta com o apoio da Prefeitura do Recife, do Consulado do Japão no Recife, e da Jica (Japan International Cooperation Agency), no Brasil, além da contribuição financeira de empresas ligadas ao país, que estarão expondo na Rua do Bom Jesus. O evento é uma promoção da Casa do Japão, integrada pelas: Associação Nordestina de Ex-Bolsistas e Estagiários no Japão (Anbej), Associação Cultural Japonesa do Recife (ACJR), Associação dos Jovens Nikkeis (Seinenkai) e Associação Cultural Brasil Japão (ACBJ).

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