Prefeitura do Recife aposta no hip hop para a abrir o festival que segue até o dia 31 deste mês

Noite de estreia no teatro Santa Isabel. O secretário de Cultura do Recife, Renato L, fez as honras da casa na abertura oficial do XIV Festival Internacional de Dança do Recife ao lado do coordenador geral do evento Arnaldo Siqueira, da Presidente da Fundação de Cultura da cidade, Luciana Félix, e da curadora do festival, Sandra Meyer.

Uma fusão ousada e inovadora marcou o início do festival. Hip hop na rua em frente ao Santa Isabel e no palco, uma linguagem única, singular. O FIDR 2009 chega com uma programação diferenciada que reforça a política cultural de descentralização dos espetáculos buscando aproximar cada vez mais público e arte. Buscamos um diálogo cada vez mais estreito entre público e os espetáculos do festival. Por isso trabalhamos com o foco nos polos descentralizados de cultura. Quebramos com isso paradigmas, antigos conceitos de que o hip hop, por exemplo, não pudesse fazer parte dessa grande celebração, disse Renato L durante a abertura.

Enquanto as pessoas iam chegando ao teatro, B. Boys e B. Girls se desafiavam ao som do hip hop em movimentos que deixaram a todos impressionados. Giros e acrobacias precisas feitas por rapazes e moças elásticos e que pareciam movidos à pilha, pareciam hipnotizar o público e em pouco tempo uma imensa roda se formou. Era apenas uma amostra do que estava por vir.
 
No palco, a companhia francesa Malka em conjunto com a brasiliera do Maranhão, Arte e Rua. Em cena bailarinos franceses e brasileiros na montagem Meia Lua. O espetáculo foi todo montado em São Luiz. Nossa próxima parada será na França, no dia 27 deste mês. Passar aqui no festival antes é muito bom. Estamos gostando de tudo, o teatro é fabuloso e a gente espera que o público goste do que temos pra mostrar nesta noite, explicou Emerson Melo, coordenador do grupo.

Não precisou esperar muito e o público, que lotou o Santa Isabel, aplaudiu de pé o casamento perfeito entre a movimentação de palco e técnicas da dança contemporânea e o hip hop. Essa é a prova real de que a dança não tem fronteiras, disse Michel Montocchio, economista francês radicado o Recife há 35 anos. Meia Lua abriu com chave de ouro o festival deste ano. Em cena, uma explosão de sons e movimentos que remetiam o público a questões cotidianas, mas vistas de uma forma diferente, mostrando que, assim como lua, a vida também tem fases.
 
 
Serviço:
XIV Festival Internacional de Dança do Recife
Até 31 de outubro
Confira a programação AQUI  e no blog do FIDR.

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