Na noite desta segunda-feira (30 de novembro) a Prefeitura do Recife realizou o evento de escuta sobre o 12º Festival Recife do Teatro Nacional, que aconteceu entre 19 e 30 de novembro. Na ocasião estavam presentes o secretário de Cultura, Renato L; a coordenadora do FRTN, Lúcia Machado; o coordenador de eventos especiais do FRTN, Vavá Paulino; o gerente de Artes Cênicas da Fundação de Cultura Cidade do Recife (FCCR); e ainda o avaliador convidado, o jornalista Valmir Santos.

O secretário de Cultura abriu a escuta ressaltando que este é um momento de reflexão e avaliação do que foi realizado: “É uma oportunidade de pensar e repensar o trabalho de produção do FRTN, observar onde avançamos e onde precisamos avançar ainda mais. Fazemos questão de manter esta oportunidade democrática de dar voz aos que fizeram e aos que acompanharam de fora, para assim, caminharmos sempre, buscando o aperfeiçoamento”, situou.

A coordenadora do Festival, Lúcia Machado, iniciou sua explanação apontando os avanços em relação ao ano passado e ainda os pontos positivos que foram mantidos. Machado comentou que o FRTN melhorou no que se refere à bilheteria central, que atendeu ao público em horário comercial; na qualidade dos equipamentos locados e ainda na qualidade e diversidade da programação. Também houve um incremento no número de espetáculos apresentados, chegando a 30 montagens e 50 apresentações. A coordenadora assinalou que as dificuldades este ano residiram na articulação para realização dos espetáculos descentralizados e ainda no fato de que a classe artística revelou um interesse abaixo das expectativas pelas oficinas, encontros e palestras, apesar da comprovada representatividade dos convidados para explanações.

SALDO POSITIVO - Valmir Santos, avaliador convidado, colocou que o FRTN tem como grande mérito fazer um retrato equilibrado da produção brasileira atual. Acrescentou que, apesar da redução de orçamento, causada por um ano de crise mundial, a organização e curadoria conseguiram trazer espetáculos para o público recifense.

No que se refere aos pontos que devem ser revistos, o avaliador apontou para alguns problemas operacionais, que foram prontamente anotados pelos organizadores e também sobre a urgência em discutir sobre os motivos da classe artística aproveitar melhor as oportunidades de crescimento profissional através das oficinas, encontros e seminários promovidos pelo Festival.

Santos comentou ainda sobre a positiva iniciativa de realizar a abertura do Festival na Praça do Arsenal, pontuando que o espetáculo escolhido – Till, A Saga de Um Herói Torto, do Grupo Galpão (MG) – foi uma boa escolha para a rua, pois o grupo que o encenou começou com teatro de rua. Quem referendou esta afirmação foi o curador do evento, Kil Abreu, acrescentando que o tema da 12 ª edição do FRTN é O Teatro e a Cidade.

No fim das falas da audiência, formada por profissionais de artes cênicas e ainda representantes da imprensa local e depois das réplicas e tréplicas que esclareceram detalhes sobre o evento, o secretário de Cultura encerrou a escuta agradecendo a todos os presentes e especialmente à equipe de produção e da Secretaria e Fundação de Cultura: “Temos um saldo positivo depois da realização deste Festival. Claro que temos pontos a rever, mas somos vencedores pois o público do Recife recebeu um Festival que primou pela qualidade e pelo fácil acesso à cultura. Apesar de termos passado por uma grande crise financeira mundial, fechamos o ano com o nosso calendário de eventos intacto”, finalizou.

 

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