Capital pernambucana ocupa a terceira colocação no ranking das séries iniciais do ensino fundamental

Os números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) divulgados esta semana pelo Ministério da Educação (MEC) revelam que em relação às escolas públicas das nove capitais do nordeste, o Recife ocupa a 3ª colocação para as séries iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano). A capital pernambucana alcançou uma média de 4,1 em 2009, superando a meta de 3,6 pontos estabelecida pelo MEC. A nota supera as cidades de Salvador (3,7), Fortaleza (3,9), Natal (3,7), Maceió (3,8), Aracaju (3,5) e João Pessoa (4,0) e só é inferior a Teresina (5,2) e São Luís (4,3).

O secretário de Educação, Esporte e Lazer do Recife, Cláudio Duarte, comemorou o resultado. Entre os motivos para o bom desempenho, eu destacaria o maior número de vagas em pré-escola, com 11 mil vagas para crianças de quatro e cinco anos. Isso faz com que os alunos se alfabetizem mais precocemente, além de professores com boa formação - 92% deles têm nível superior e 55% tem especialização, ressaltou.

Cláudio Duarte também citou outros motivos para o destaque do Recife em relação às capitais da região: tradição no modelo de alfabetização utilizando-se dos princípios do educador Paulo Freire, articulação da educação com cultura e participação mais ativa das famílias dos alunos no processo de aprendizado, frisou.

Para Cláudio Duarte, as novas tecnologias incorporadas ao processo pedagógico, com todos os professores com acesso a internet e computadores e o acompanhamento e apoio às escolas, por intermédio do Núcleo de Apoio Regional com equipes regionais de apoio pedagógico, também são fatores que contribuíram para a 3ª colocação.

O Ideb avalia a qualidade da educação brasileira (ensino fundamental I e II e ensino médio) desde 2005 e é divulgado a cada dois anos. A nota pode ir de zero a 10. A partir dos índices de cada biênio, são traçadas metas para os dois anos seguintes em todos os municípios do País. O objetivo do MEC é que o Brasil alcance, até 2021, a média igual a 6,0 em todas as unidades de ensino.

Média - Além disso, a Rede Municipal do Recife também superou, entre 2007 e 2009, a média nacional do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em relação aos anos iniciais do Ensino Fundamental - 1ª a 4ª série. A nota 4,1 alcançada em 2009 representa uma melhora em relação aos 3,8 obtidos em 2007, enquanto a meta prevista pelo MEC para a capital pernambucana era de 3,6. Os números também superam a meta de 4,0 prevista para 2011. Em Pernambuco, apenas 7,5% das escolas avaliadas pelo Ideb tiraram nota igual ou superior a média brasileira para os anos iniciais, que é de 4,6 pontos.

Já em relação aos anos finais (5ª a 8ª série), a PCR avançou, entre 2007 e 2009, de 2,5 para 2,7 pontos. No caso do Recife, as melhorias são fruto de uma política pública de qualidade social da educação, reforçada pela atual gestão através da valorização profissional, com a implantação do piso salarial da categoria, distribuição gratuita de notebooks e conectividade à internet subsidiada e do investimento na recuperação da infraestrutura das escolas e creches. De acordo com a Diretoria de Engenharia, de janeiro de 2009 até agora, foram realizadas 486 intervenções em serviços diversos, além da inauguração de 13 novas unidades de ensino (novas sedes e novas unidades).

Também contribuíram para os avanços obtidos a adoção de programas e projetos em parceria com o Governo Federal, como: Mais Educação, com 160 escolas passando a funcionar com jornada ampliada de 7 horas diárias e 105 escolas adotando o Programa Escola Aberta nos finais de semana. A Secretaria de Educação também criou o Programa Manuel Bandeira de Incentivo à Leitura e através dele, já providenciou a distribuição de 404.677 livros para estudantes e professores; inaugurou 24 novas bibliotecas escolares e instalou 172 laboratórios de informática, além da contratação de 550 novos professores.

Ainda foi implantado o Sistema Municipal de Avaliação da Rede (SMAR), analisando, inclusive, a produção textual, com foco no efetivo acompanhamento das Unidades Escolares; da Proposta Pedagógica da Rede e do desempenho de habilidades e competências, além da reestruturação da política de Formação Continuada. Para conter a evasão, a rede tem o Projeto Voltei, que acompanha a frequência mensal dos estudantes, encaminhando ao Conselho Tutelar os casos especiais.

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