A questão do crack na capital pernambucana será discutida nesta segunda-feira (20), a partir das 8h, pelo prefeito do Recife em exercício, Milton Coelho, e o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende. O encontro ocorrerá no gabinete do prefeito, no 9º andar do edifício-sede da Administração Municipal (Avenida Cais do Apolo, 925, Bairro do Recife). Também estarão presentes secretários cujas pastas fazem interface no tema, como Gustavo Couto (Saúde), Cláudio Duarte (Educação) e José Bertotti (Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico).

A reunião entre os gestores deverá ser um primeiro momento de articulação entre as duas esferas do poder para a realização de iniciativas na área, como o estreitamento de parcerias com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a participação da Prefeitura do Recife em pesquisas com foco no combate ao crack. Entre as linhas existentes junto à instituição de nível superior está uma que pretende avaliar a rede de modelo assistencial disponível para os dependentes da droga no município. Outras discussões possíveis envolvem a definição de um levantamento sociodemográfico dos usuários do entorpecente, com características de uso e formas de consumo; e o mapeamento da prevalência do uso da droga a partir dos atendimentos realizados nos Centros de Atenção Psicossocial para Tratamento de Álcool e Outras Drogas (CAPSad) e nas unidades da atenção básica.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil possui cerca de 600 mil usuários de crack. A rede municipal de atenção aos consumidores abusivos da droga inclui seis CAPSad, onde aproximadamente 1,5 mil pessoas recebem tratamento contra álcool, fumo e outras substâncias psicoativas. A população ainda conta com o suporte de oito leitos de desintoxicação e quatro albergues terapêuticos, chamados Casas do Meio do Caminho, sendo três voltadas para o público masculino e uma com atendimento apenas para mulheres.

Ampliação – No último dia 10, a Prefeitura do Recife estendeu o atendimento a dependentes de álcool e drogas com o lançamento oficial do Consultório de Rua – Reduzindo danos e resgatando a cidadania. A iniciativa permitirá a extensão da assistência principalmente a usuários que não têm domicílio oficial ou passam tempo em vias públicas. Entre as 14 cidades que fazem parte do projeto-piloto do Governo Federal, a capital pernambucana é a que apresenta o maior número de equipes: cinco, formadas por seis profissionais, entre os quais um assistente social e um psicólogo, além de quatro agentes de redução de danos. A estratégia recifense conta ainda com a atuação de arte-educadores e ministradores de oficinas culturais e profissionalizantes.

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