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Cultura

MAMAM INAUGURA DUAS EXPOSIÇÕES FOTOGRÁFICAS
09:24 Quinta-feira, 17 de Fevereiro de 2011

Ciclos Alterados, de Rodrigo Braga e Da fotografia, Dos conceitos, com curadoria de Geórgia Quintas, ficam em cartaz durante o mês

Foi inaurugrada nesta quarta (16), no Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães - Mamam, a exposição Ciclos alterados, do artista Rodrigo Braga. Ocupando o primeiro e segundo andares do Museu, a mostra com curadoria de Paulo Herkenhoff, leva ao público um apanhado de obras de vários períodos de sua produção, enfatizando a “relação tortuosa” estabelecida entre homem e ambiente, o inconsciente, a política e a natureza em momento de crise.

A partir de experiências pessoais, o artista constrói situações e imagens num misto de referências autobiográficas e ficcionais, recriando seres e paisagens através do seu próprio corpo ou de sua ação direta sobre elementos e espaços. “A obra de Rodrigo reflete um estado de excitação serena que ele encontra na natureza. Ele fala da morte pra celebrar a vida. Não um gozo com a morte, mas uma aceitação dela”, afirma Paulo Herkenhoff.

Rodrigo conta que faz questão de pensar em todos os detalhes das suas criações. “É muito importante que eu faça todas as etapas e também esse procedimento que sempre remete à pergunta: onde isso vai te levar? Isso me faz sentir completo, pleno”, explica ele. A mostra apresenta trabalhos já conhecidos do público do Recife como, também, obras pouco exibidas localmente e ainda outras, inéditas. São obras executadas entre fronteiras de linguagens – sobretudo fotografia, vídeo e performance –, como Sal e Prata (2010), trabalho incorporado à Coleção Mamam através do Prêmio Marcantonio Vilaça – MinC∕Funarte. A exposição fica em cartaz até 19 de abril.

Publicação - Por ocasião da exposição, também será lançado, até o final da mostra Ciclos Alterados, um livro sobre a obra de Rodrigo Braga. Com inúmeras reproduções de obras do artista (incluindo muitas que não estão expostas), o livro é uma reflexão sobre os doze anos de sua trajetória, contendo fotografias, desenhos, gravuras e frames de vídeos, dados biográficos, e ensaio do crítico Paulo Herkenhoff, curador da mostra, que abrange os aspectos mais relevantes da produção do artista, situando-a em seu contexto geográfico e geracional.

Da Fotografia, Dos Conceitos – Dividindo as atenções com “Ciclos Alterados” de Robrigo Braga, o Mamam apresenta o segundo recorte da mostra “Da Fotografia, Dos Conceitos”, realizada a partir de pesquisa sobre o acervo de fotografias do Museu. A exposição, que tem curadoria de Geórgia Quintas e também fica em cartaz até 17 de abril, contempla oito autores: Carlos Mélo, Vik Muniz, Thiago Rocha-Pitta, Paula Trope, Rivane Neuenschwander, Rosângela Rennó e Regina de Paula.

Nesta exposição há a recorrência temática do espaço, do corpo, de territórios simbólicos que realizam através da fotografia um campo vigoroso de atuação e problematização. Campo este que compreende a contradição entre a documentação social e sua esfera permeável de resignificado (como em Paula Trope e Rivane Neuenschwander), como também da subjetividade sobre a espacialidade que é discutida em Regina de Paula.

Outros artistas, como Rosangêla Rennó, Thiago Rocha Pitta, Carlos Mélo e Vik Muniz, utilizam a linguagem fotográfica como vetor de investigação do sentido de memória, identidade, construção de realidade e narrativas fugidias da própria fixação da imagem.

Esta exposição tem um desvelamento do suporte fotográfico como senso de transformação de signos, seja ao fazer artesanalmente a imagem, na supervalorização de escalas, no velamento da obra, na técnica do acaso realizada com câmeras precárias, seja no corpo como mediador da narrativa fotográfica. Neste recorte que o Mamam apresenta em Da Fotografia, Dos Conceitos, o sentido de lugar e presença transparece e permite o vislumbramento de que a linguagem fotográfica inicia um caminho, mas não o finda.

Rodrigo Braga - Nascido em Manaus (AM) em 1976, Rodrigo Braga é radicado em Recife (PE), onde se graduou em Artes Plásticas pela UFPE em 2002. Em 2009 recebe o Prêmio Marcantonio Vlilaça – Funarte/MinC, em 2010 o Prêmio Marc Ferrez de Fotografia. Das exposições coletivas destacam-se: Autour de l’extrême: um choix dans lês collections de la Maison Européene de La Photographie, (França, 2010), Modern Photographic Expression of Brazil (Japão, 2008); Nova Arte Nova, CCBB, (Rio de Janeiro – RJ, 2008); Rumos Itaú Cultural de Artes Visuais (São Paulo, Rio de Janeiro e Belém, 2006); Vizinhos: networked art in Brazil (Áustria, 2006); O Corpo na Arte Contemporânea Brasileira, Itaú Cultural (São Paulo, 2005); Photomeetings Luxemburg (Luxemburgo, 2005); Arte Pará (Belém, 2002 e 2006). Principais individuais: In Flanders Fields Museum (Bélgica, 2010); Fundação Joaquim Nabuco – Fundaj (Recife, 2007); Museu da UFPA (Belém, 2007); Itaú Cultural (São Paulo, 2006); Galeria Marcantonio Vilaça do Santander Cultural (Recife, 2006); Galeria Clairefontaine (Luxemburgo, 2005); Galeria Susini (França, 2005). Possui trabalhos em acervos particulares e institucionais no Brasil e exterior, a exemplo do MAM-SP, Coleção Gilberto Chateubriand MAM-RJ e Maison Européene de La Photographie - Paris.

Sobre o curador - Paulo Herkenhoff (Cachoeiro de Itapemirim, ES) é crítico de arte e curador. Dirigiu o Instituto Nacional de Artes Plásticas da Funarte (INAP, entre 1983 e 1985). Foi curador-chefe do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (entre 1985 e 1990); diretor do Museu Nacional de Belas Artes (entre 2003 e 2006); curador geral da 24ª Bienal Internacional de Artes de São Paulo (Antropofagia, 1998) e curador do The Museum of Modern Art (MoMA/NY). Dentre exposições curadas, destacam-se Guignard e o Oriente: China, Japão e Minas (Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, 2010), Guillermo Kuitca (Museu Reina Sofia, Madri; Museu de Arte Latinoamericana de Buenos Aires, MALBA, 2003), Tempo (MoMA, New York, 2002), Cildo Meireles, geografia do Brasil (Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães, Recife-PE; Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador, 2002), Arte brasileira na coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem (Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo, 2002) e Trajetória da Luz na arte brasileira (Instituto Itaú Cultural, São Paulo, 2001). Realizou palestras em universidades de vários continentes, e tem textos publicados em revistas, catálogos e livros de instituições como a Tate Modern (Londres), o Centre Georges Pompidou (Paris), o Museu de Arte Moderna de Paris (Paris), a Fondació Antoni Tàpies (Barcelona), dentre outros.

Sobre Da Fotografia, Dos Conceitos - Um museu como território de redes simbólicas, entre arte e público, possui vários fatores dinâmicos em sua essência. O acervo, em especial, expressa não apenas sua função prática de guarda e conservação, mas também o lastro imatérico fundamental: memória e o valor das expressões artísticas.

A fotografia no acervo do Mamam está presente de modo significativo. Reflete a guarda de décadas através de aquisições e doações, sendo que de 2001 a 2004, o acervo cresceu ainda mais com sensíveis doações que contemplam as artes visuais contemporâneas. Constitui-se assim um esboço relevante de artistas e obras brasileiras que compartilham a fotografia como campo de discursivo, de narrativas subjetivas e carregadas de conceitos. Enfim, construção de sentidos.

Nesta perspectiva, o acervo do Mamam reúne relevantes trabalhos nos quais a linguagem fotográfica se estabelece como vetor de criação e conceituação temática. Podem-se perceber os fluxos da experimentação, dos contextos poéticos e da diversidade de apropriação da imagem ou mesmo de sua indisciplina.

Serviço:
Ciclos alterados - Rodrigo Braga
Curadoria Paulo Herkenhoff

Da Fotografia, Dos Conceitos
Curadoria de Geórgia Quintas

Quando: até 17 abril 2011
Onde: Mamam
Data: Terça a sexta 12 às 18h, sábado e domingo 13h às 17 h

MAMAM
Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães
Rua da Aurora 265, Recife, Pernambuco
(81) 3355.6870
www.mamam.art.br

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