Recife teve ainda o melhor desempenho na geração de empregos formais entre outubro e dezembro de 2011, à frente de Fortaleza, São Luís e Salvador

Segundo o Relatório Trimestral do Mercado de Trabalho Formal do Recife, divulgado nesta segunda-feira (06), mais que dobrou o número de optantes do Programa de Empreendedores Individuais no Recife no período de um ano. De 8.239 trabalhadores em 2010 para 18.163, até o final do ano passado, representando um crescimento de 120,5%. Os dados do relatório são relativos ao quarto trimestre de 2011.

O Relatório também apontou que a taxa de desemprego no Recife foi de 11,9% em dezembro. Essa taxa é 6,2% menor que a observada no mês anterior e estável em relação ao mesmo mês do ano passado, além de ser a menor taxa de desemprego total registrada em toda a série histórica para o município. Por outro lado, no mesmo período, o nível de ocupação cresceu 5,3%, comparando-se a mesma fase de 2010, com a população ocupada sendo estimada em 690 mil pessoas. Em termos setoriais, destaca-se a ampliação da geração de postos de trabalho na Construção Civil, que apresentou uma expansão de 16,2% da ocupação no último ano.

O Nordeste foi a única região brasileira que apresentou saldo positivo na geração de empregos formais no último trimestre de 2011, com 8.895 vagas. Dentro do Nordeste, Pernambuco se destacou não só por ter saldo positivo no período, como por ter sido o estado com maior saldo da região, com 7.523 novos postos de trabalho. Entre as capitais nordestinas, Recife teve o melhor desempenho para o acumulado de outubro a dezembro de 2011, com um saldo de 13.628 vagas formais geradas, seguida por Fortaleza (5.751), São Luís (3.847) e Salvador (3.076).

No último trimestre de 2011, o saldo de empregos do Recife (13.628) foi superior ao saldo total do estado de Pernambuco (7.523), e ligeiramente inferior ao saldo da Região Metropolitana - RMR - (15.947). No acumulado do ano, Recife apresentou um saldo de 37.749 novas vagas geradas, considerando-se os ajustes, resultado de 246.674 admissões contra 208.925 desligamentos. Nesse período, a cidade respondeu por 42,1% das vagas geradas no estado, e 57,2% do saldo da RMR.

O Relatório, com informações referentes ao quarto trimestre de 2011, faz uma síntese do comportamento do mercado de trabalho formal do Recife. O documento, que faz parte do plano de trabalho do projeto Observatório do Trabalho do Recife, parceria entre a Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Recife e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), é composto por um conteúdo mais aprofundado do mercado de trabalho formal da cidade. Nele constam dados acumulados dos meses de outubro a dezembro, comparados ao mesmo período do ano anterior.

A pesquisa faz uma análise das atividades econômicas do município, através do estudo das inscrições no Programa do Empreendedor Individual (EI). Depois, apresenta o quadro geral do emprego e desemprego municipal, as informações do saldo de postos de trabalho formais por localidades selecionadas, massa salarial e salário médio de admissão, subsetor de atividade econômica, tipo de admissão e desligamentos, tempo de permanência no emprego, sexo, faixa etária, escolaridade e tipos de ocupação.

As fontes de dados utilizadas para a elaboração do relatório foram provenientes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), registro administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); da Pesquisa Mensal de Emprego e Desemprego (PED), pesquisa domiciliar para a Região Metropolitana do Recife realizada pelo Convênio AGÊNCIA CONDEPE/FIDEM, STQE, FSEADE-SP, DIEESE e MTE/FAT; e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, referente ao número de optantes do Programa do Empreendedor Individual (EI).
 

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