A Prefeitura do Recife iniciou, na manhã desta quarta-feira (16), mais uma edição do curso Escola de Pais, dentro do programa Escola que Protege. O programa tem como objetivo atender os pais e estudantes da rede municipal de ensino vítimas de violência sexual, física e psicológica. A ação visa priorizar o atendimento desse público contribuindo para o rompimento do ciclo da violência e para a melhoria da qualidade de vida dos participantes. Mais de 45 pais compareceram na primeira aula do projeto, que acontece durante os próximos dois meses, na Escola Municipal Solano Magalhães, no Pina.

Para iniciar as oficinas, promovendo a descontração dos pais, aconteceu um momento lúdico com uma apresentação de voz e violão. “O projeto possibilita apoio sócio-psico-pedagógico aos pais dos estudantes interrompendo a cultura da violência e prevenindo as futuras gerações. Nesse primeiro momento há a integração entre os participantes e, durante todo o cronograma, diversos profissionais da área médica, de psicologia e assistência social, vão tratar de assuntos para orientar o comportamento dos pais”, destacou a coordenadora municipal do programa Escola que Protege, Raimunda Maciel.

Entre os temas que serão trabalhados durante as oficinas estão: Integração e Vivência; Desenvolvimento Infantil (aspectos físicos e emocionais da criança); Adolescência; O Papel da Família; Drogas (fatores pessoais e sociais); Impactos da Violência na Formação do Sujeito; Estatuto da Criança e do Adolescente; Rede de Proteção Local (participação da família nos espaços comunitários, serviços públicos oferecidos e papel da escola); e Avaliação da Escola de Pais.

Mãe de quatro filhos, a dona de casa Avani Guilhermina da Silva é uma das participantes do programa. Há dois anos, dona Avani cometeu violência física contra um de seus filhos e foi denunciada por parentes. “Fui encaminhada para tratamento, recebendo ajuda de psicólogos e assistentes sociais, e, atualmente, ainda faço terapia. Agradeço muito o apoio que tive, pois hoje, a convivência com meus filhos é ótima”. Dona Avani acredita que os motivos que a levaram a praticar a violência física foram a falta de apoio, de conhecimento, aliado ao momento de estresse que vivia.

Os participantes do programa foram encaminhados pelas escolas municipais em que seus filhos estudam. No final da atividade, todos os pais receberão certificados de conclusão do curso. Enquanto os pais e mães assistem as oficinas do Escola que Protege, os filhos participam da Brinquedoteca, que funcionará dentro da própria Escola Municipal Solano Magalhães. As oficinas acontecem todas as quartas, de 8h às 12h.

Escola que Protege – Implantado em 2004, O programa Escola que Protege foi desenvolvido em conjunto pelas secretarias municipais de Educação, Esporte e Lazer; Assistência Social e Saúde, em parceria com o Ministério Público e Conselhos Tutelares. O programa tem o objetivo de orientar, preparar e qualificar pais e alunos da rede municipal de ensino com históricos de violência física, sexual e psicológica. Para fundamentar as ações, o Escola que Protege trabalha com três linhas de atuação: capacita educadores despertando sua atenção para detectar e encaminhar casos de vítimas de violência; atende crianças e adolescentes em situação de violência; além de desenvolver a Escola de Pais, que oferece apoio aos pais e responsáveis, sensibilizando-os sobre a responsabilidade na educação dos filhos.

- Professores do projeto Tecendo o Saber concluem formação continuada

- Professores do projeto Tecendo o Saber concluem formação continuada

- PCR e Rede Globo levam alunos ao Museu da Cidade

- Prefeito entrega certificado a 489 estudantes do ProJovem

- Professores conferem Exposição Recife e suas Águas