PCR INICIA 3º ENCONTRO ENTRE ARTE E PUBLICO NA UNICAP
Aconteceu na tarde desta quinta-feira (29), no auditório G2 da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), no bairro da Boa Vista, a abertura oficial do 3º Encontro Diálogos entre Arte e Público, promovido pela Prefeitura do Recife, através da Fundação de Cultura da Cidade do Recife (FCCR). O fórum, que é pioneiro no Norte-Nordeste, conta com oficinas, mesas, debates e mini-cursos, visando à discussão de estratégias de promoção da democratização cultural. As atividades seguem ate o dia 31 de maio na UNICAP e no Instituto Ricardo Brennand, na Várzea.
O evento teve início com a mesa de abertura, que contou com a presença do diretor de Gestão e Equipamentos Culturais da Fundação de Cultura da Cidade do Recife, Fernando Augusto; da coordenadora de Cursos de Especialização da UNICAP, professora Maria do Carmo; da coordenadora da Ação Educativa do Instituto Ricardo Brennand, Joana D´Arc; e do Gerente de Formação da Fundação de Cultura da Cidade do Recife, André Aquino.
Em seguida, teve início o primeiro diálogo, com a palestra Fundação Casa Grande – A Escola de Gestão Cultural da Meninada do Sertão, que contou com a participação do diretor-presidente da Fundação Casa Grande (CE), Alemberg Quindins, mediado pela arte-educadora Gabriela Da Paz. Após uma breve exibição do vídeo Meu Olhar, feito pelas próprias crianças da fundação, Alemberg falou sobre como funciona a ONG. “A Fundação Casa Grande é uma instituição gerenciada pelas próprias crianças, que trabalha na formação destes jovens através de quatro programas: Memória, Comunicação, Arte e Turismo”, disse.
Alemberg afirmou, ainda, que a estrutura base da Fundação Casa Grande é feita de conteúdo e produção. A fundação conta um laboratório de produção, uma gibiteca, uma dvdteca, uma biblioteca, além de um grande acervo de CDs e LPs, e uma sala de informática. “Cada jovem tem por meta, ler um gibi e assistir um filme por semana, além de ler dois livros por bimestre”, disse Alemberg. A fundação conta ainda com a TV Casa Grande, que produz mensalmente quatro pautas para a TV Futura; uma Editora, que produz os gibis; um Museu e um Teatro, onde todas as produções são realizadas pelas próprias crianças.
Às 16h, teve inicio a segunda mesa de diálogo, com a palestra Visitas Teatralizadas – Multilinguagens na mediação, que contou com a participação da coordenadora do Programa Educacional e Social do Museu Casa do Pontal (RJ), Juliana Prado, mediada pelo gerente de Circo da Fundação de Cultura da Cidade do Recife, Gilberto Trindade, e pelo gerente de Teatro da Fundação de Cultura da Cidade do Recife, Williams Santana.
“A Fundação de Cultura conta com dois projetos voltados para acessibilidade do teatro na cidade. O primeiro é o Educação para o Teatro, que atua levando as comunidades de Brasília Teimosa e do Pina ao teatro Barreto Júnior, e também trazendo os espetáculos para a própria comunidade, onde as peças são encenadas nos colégios, praças e ruas. Já o segundo é o Estação Multicultural de Artes Cênicas, que funciona de forma semelhante ao Educação para o Teatro, abrangendo toda cidade”, afirmou Williams.
Em seguida, Juliana falou um pouco de como funciona as visitas ao Museu. “O museu oferece visitas guiadas teatralizadas, onde as crianças vão descobrindo o acervo através de desafios e brincadeiras que passam as informações das obras de forma descontraída, mostrando a identidade e o estilo de cada artista”, disse. Durante a visita, os alunos são acompanhados por arte-educadores que tocam, cantam e representam, mantendo sempre uma relação com as exposições do museu.
O artista plástico e músico, Galo de Souza, de 29 anos, assistiu às palestras e deu seu depoimento acerca da atividade. “É um grande evento. Vejo de forma totalmente positiva este debate, que só tem a contribuir e fortalecer, através do conhecimento de experiências diferentes que dão certo, como é o caso da Fundação Casa Grande, que foi o que mais me impressionou”, finalizou.
O que é isso?
