A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Planejamento Participativo, promoveu, na tarde desta quinta-feira (05) no Recife Praia Hotel, em Boa Viagem, zona Sul do Recife, o Encontro sobre Requalificação das Áreas Centrais do Recife. A iniciativa é do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) que trabalha em parceria com quatro capitais brasileiras – Recife, Salvador, Rio de Janeiro e Fortaleza, identificando as áreas centrais que sofreram abandono por causa da saída dos moradores que migraram para as periferias.

O encontro contou com a participação de representantes da Diretoria de Controle Urbano (DIRCON), Companhia de Serviços Urbanos do Recife (CSURB), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Caixa Econômica Federal, além de representantes do setor empresarial.

As discussões a respeito do programa vêm sendo feitas periodicamente, reunindo representantes de órgãos públicos que debatem quais as soluções para que uma grande parcela da população que, por causa de uma cultura de expansão para a periferia, deixou o centro do Recife e migrou para outros bairros.

De acordo com o assessor da secretaria de Planejamento Participativo do Recife, Milton Botler, é necessário identificar as causas do esvaziamento das áreas residenciais no centro do Recife. “Nós formatamos esse programa de reabilitação de áreas centrais que tem uma meta de atuar sobre o nosso centro tradicional e também sobre o centro secundário. O que é comum a todos estes centros, comuns ao programa de requalificação, é que todos eles perderam população e tiveram a degradação da estrutura física. Dentre eles, podemos citar os bairros de São José, Santo Antônio, Boa Vista”, destaca Milton Botler.

O projeto tem a meta inicial de prover habitação social. Para esta parte do programa, foi desenvolvido um plano para dois perímetros de reabilitação integrada: bairros do Recife e da Boa Vista. O bairro da Boa Vista, que ainda mantém maior contingente de população residente, passará por um processo de melhorias na qualidade de vida dos atuais moradores, o que atrairá pessoas interessadas em residir no local.

Ainda de acordo com Botler, em determinado momento, será necessário encontrar alternativas para o crescimento urbano. “O programa é exatamente para isso. São levados em consideração três eixos de atuação: utilização para fins habitacionais, diversificados (comércio local), além de espaços e equipamentos públicos, como praças, parques, ciclovias e outros. Procuraremos dar a esses locais a infra estrutura necessária para que os moradores possam desfrutar de uma boa qualidade de vida”, reforça.

Programa - Desde 2004, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Planejamento Participativo, coordena o Programa de Reabilitação de Áreas Centrais, um trabalho que teve início a partir de uma parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com o propósito de mapear as áreas de perímetro urbano que estão desabitadas. Os estudos mostraram que, no Recife, existem mais de 5 milhões de metros quadrados desabitados – trecho compreendido entre a Praça do Marco Zero, no bairro do Recife, e a Avenida Agamenon Magalhães –, chamado de centro expandido.

Outros locais que foram mapeados pela PCR para fazerem parte do Programa de Reabilitação de Áreas Centrais foram a Rua Imperial e a Avenida Guararapes. Somente no perímetro Imperial, foram identificados 18 imóveis que podem ser utilizados pela Prefeitura para a requalificação.

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