No bairro da Iputinga, jovens tem oportunidade de desenvolver seu talento no campo da literatura

Desde o dia 16 de agosto, estão acontecendo os Cursos de Formação Profissional oferecidos pelo Programa Multicultural da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura Cidade do recife – FCCR, em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Cidadã – SDHSC. As atividades fazem parte do projeto Inserção Multicultural, um dos 29 aprovados no âmbito do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania – Pronasci, desenvolvido pelo Ministério da Justiça para garantir a realização de ações de diversas naturezas para o enfrentamento à violência em Territórios de Paz de todo o Brasil.

Quatro cursos nas áreas de Literatura, Música, Fotografia e Audiovisual estão sendo oferecidos a mais de 100 jovens moradores dos bairros de Santo Amaro, Coque, Iputinga e Ibura. Com carga horária de 400 h/aulas, distribuída em 42 h/aulas de conteúdos de cidadania, 90 h/aulas de Língua Portuguesa e Matemática e 268 h/aulas dedicadas à capacitação específica nas linguagens artísticas, as aulas devem se estender até dezembro deste ano.

Literatura - Na Escola Municipal da Iputinga, o curso oferecido é de Literatura, com aulas de Literatura de Cordel, Fanzine, Produção Literária, Português, Matemática e Cidadania. Segundo Niziani Miotto, que acompanha as atividades dos cursos pela Coordenação Pedagógica do Multicultural, “o curso foi construído junto com os professores, que optaram pela alternância das disciplinas ao invés de módulos, assim os professores e as disciplinas se mantêm integradas”, explica.

Para cada aluno, o curso traz um significado e abre possibilidades de aplicação nas suas vidas. Para Michel Platini e Edcleyton Batista, a Literatura vai virar música. Eles fazem parte do Grupo Zambo e pretendem usar a aprendizagem para aprimorar as letras das músicas tocadas pela banda. Para o ouvido de músico de Michel, “a poesia já tem um ritmo, o que facilita na hora de musicar. A literatura de cordel, o repente, vem do canto de viola, depois é que passa a ser só vocal. A música vem antes da literatura”, reflete.

De outro ponto de vista, Alayê Mayê já está aplicando o conhecimento aprendido nas aulas no planejamento do jornal comunitário que está criando na comunidade. Alayê faz parte do grupo que cursou a oficina do Centro de Memória da Iputinga, no âmbito do Projeto Memória em Movimento nos Bairros do Recife, desenvolvido pelo Programa Multicultural. A ideia do grupo é retomar ações de registro e divulgação da história do bairro da Iputinga através do jornal.

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