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Cultura

ESPETÁCULOS LI E MANDALA GANHAM ÚNICA APRESENTAÇÃO NO RECIFE
10:11 Sexta-feira, 15 de Outubro de 2010

Cia de coreógrafa americana radicada na França se apresenta no Teatro Santa Isabel pela programação antecipada do XV Festival Internacional de Dança do Recife

Pela primeira vez nos palcos do Recife, a coreógrafa americana – radicada na França há mais de 40 anos – Carolyn Carlson traz na bagagem dois espetáculos de dança contemporânea para brindar o público da cidade: Li e Mandala. Ambos ganham única apresentação no próximo sábado (16), no Teatro de Santa Isabel, às 21h.

As apresentações são, na verdade, um “aquecimento” para a abertura oficial do XV Festival Internacional de Dança do Recife, que acontece entre os dias 21 e 30 de outubro, numa realização da Prefeitura do Recife (PCR), por meio da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura Cidade do Recfie (FCCR), com patrocínio da Petrobrás. A programação completa do XV Festival será divulgada na terça-feira (19), em coletiva de imprensa, às 11h, no Teatro Hermilo Borba Filho.

Carolyn Carlson, que em 1999 fundou o Atelier Paris, dirige desde 2004 o Centro Coreográfico Nacional de Roubaix, no norte da França, e é umas das artistas com maior influência no desenvolvimento da dança contemporânea francesa e italiana. A última vez que a Cia da coreógrafa esteve em solo brasileiro foi no ano passado, quando participou do Ano da França no Brasil, com o espetáculo que trata do motivo Double Vision (Dupla Visão), realizado em parceria com o grupo multimídia Eletronic Shadow.

Os espetáculos - “Fazedora de Poesia Virtual”, preferindo autodefinir seu trabalho dessa maneira ao invés de incorporar o título de coreógrafa, sua maneira de arte está marcada em mais de cem espetáculos que vem circulando o mundo nas últimas quatro décadas. O espetáculo Li, cujo nome é um ideograma que remete à origem. “Quando o ser se entende com o Tao (caminho), a dualidade do yin e do yang; que um vem do outro”, como explica a sinopse. Com duração de 30 minutos, o espetáculo é uma produção do Centre Chorégraphique National Roubaix Nord-Pas de Calais, com o apoio da Quinzaine du Japon.

A apresentação seguinte é a do espetáculo Mandala, produzido também pelo National Roubaix, em colaboração com o Atelier de Paris-Carolyn Carlson. Mandala representa a encarnação da pulsação do coração humano, constituído do espaço universalmente compartilhado por todo ser, do começo ao fim de nossas existências. O tempo da vida aqui toma a forma de ensō, o círculo do budismo zen, que simboliza algumas vezes o universo e o gesto artístico perfeito.

Esse traço é também impresso pela música poderosa de Michael Gordon. Ela traz a energia do movimento e lhe confere a força da ondulação insistente de uma pulsação. Já a intérprete Sara Orselli dá corpo a uma peça que representa um resultado de cumplicidade laçada de mais de uma dezena entre Carolyn Carlson e seu intérprete.

A artista - Nascida na Califórnia, a coreógrafa se define antes de tudo como uma nômade. Da Baía de São Francisco à Universidade de Utah; da Companhia d’Alwin Nikolais, em Nova Iorque, àquela de Anne Béranger, na França; da Opéra de Paris ao Teatrodanza La Fenice em Veneza; do Théâtre de la Ville em Helsinki, do Ballet Cullberg em Paris, da Bienal de Veneza à Roubaix, Carolyn Carlson é uma viajante infatigável, sempre em busca de desenvolvimento e de partilhar seu universo poético.

Herdeira das concepções do movimento, da composição e da pedagogia d´Alwin Nikolais, ela chegou à França em 1971. Assinou, no ano seguinte, com “Ritual por um Sonho Morto”, um manifesto poético que define uma aproximação de seu trabalho, que ela não viria a desmentir desde então. Uma dança asseguradamente voltada para a filosofia e a espiritualidade. Ao termo “coreografia”, ela prefere “Poesia Visual” para desenhar seu trabalho. Dar nascimento às obras de acordo com o pensamento poético e a uma forma de arte completa no seio daquela na qual o movimento ocupa um espaço privilegiado.

Após quatro décadas, sua influência e seu sucesso são reconhecidos pem vários países da Europa. Ela interpretou um papel na eclosão das danças contemporâneas francesas e italianas com o GRTOP, na Ópera de Paris e o Teatrodanza, em Veneza. É responsável também por mais de uma centena de peças, algumas das quais são grandes páginas na história da dança, de Density 21,5 à The Year of the horse, de Blue Lady à Steppe, de Maa à Signes, de Writings on water à Inanna. Em 2006, sua obra foi coroada pelo primeiro Leão de Ouro jamais atribuído a um coreógrafo pela Bienal de Veneza.

Hoje, Carolyn Carlson dirige duas estruturas: o Centro Coreográfico Nacional de Roubaix Nord-Pas de Calais, que produz e difunde seus espetáculos ao redor do mundo; e o Atelier de Paris-Carolyn Carlson, centro internacional de estudos, residências e criação, fundado por ela em 1999.

Serviço:

Li e Mandala (Cia Carolyn Carlson) – Aquecimento para XV Festival Internacional de Dança do Recife
Sábado (16), às 21h
Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n – Bairro de Santo Antônio)
R$ 5,00

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