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Cultura

TROFÉU TERÇA NEGRA HOMENAGEIA NOMES DA LUTA PELA IGUALDADE RACIAL
11:30 Quarta-feira, 18 de Novembro de 2009

Reafirmando valores étnico-raciais por uma sociedade mais justa e igualitária. Essa frase sintetiza o ideal defendido pela população afro-descendente do Recife ao longo dos anos. E para garantir o compromisso com esse ideal, o Núcleo de Cultura Afro Brasileira da Prefeitura de Recife, em parceria com o MNU (Movimento Negro Unificado) e a Rede Nacional de Negras e Negros LGBT, instituiu o Troféu Terça Negra, que foi entregue na noite desta terça-feira (17), durante edição especial do Projeto Terça Negra, no Pátio de São Pedro, bairro de São José. Cinco nomes foram agraciados com o troféu, em reconhecimento à sua participação atuante na defesa e discussão dos direitos humanos como forma de enfrentamento ao racismo e preconceitos.

O prêmio faz parte das comemorações especiais em referência ao Mês da Consciência da Negra, que vem sendo lembrado pela Prefeitura do Recife, com uma série de eventos. O secretário de Cultura do Recife, Renato L., participou da entrega dos troféus “Este prêmio é um reconhecimento muito importante, um reflexo das ações afirmativas desenvolvidas pela Prefeitura e de toda a luta da população afro-descendente do Recife. E o resultado dessas lutas é essa homenagem que prestamos hoje aqui, dando visibilidade a essa incrível diversidade e a toda essa riqueza cultural”, disse o Renato L.

O primeiro homenageado da noite foi o advogado Edvaldo Ramos, militante do Movimento Negro e idealizador do Baile Perfumado. Após receber o troféu das mãos do secretário de Cultura, Ramos relembrou outros nomes que marcaram a história do povo afro-descendente na luta por igualdade. “Neste mês se comemora o grande trabalho, o grande grito e a grande força feita por Zumbi e por aqueles que o sucederam, como Solano Trindade, como Luís de França, Dona Santa do Maracatu e tantos outros que inspiram nosso trabalho”, disse Ramos, bastante emocionado.

Em seguida, quem recebeu o troféu foi Vera Baroni, ativista negra, coordenadora do Uiala Mukaji e membro da Rede de Mulheres de Terreiros de Pernambuco. Na ocasião, ele fez uma dedicatória especial. “Quero oferecer este prêmio a todas as mulheres negras anônimas, que, nesta cidade, viveram e lutaram pela liberdade e pela dignidade. E também à juventude. Aqueles que, depois de nós, vão segurar a bandeira do respeito e da fraternidade entre nós”, declarou Vera. Outro homenageado foi Valdir de Souza, criador do Pagode do Didi – que movimenta as noites do Recife no bairro de Santo Antônio –, um dos primeiros a defender o samba em Pernambuco e contribuinte para o início do Projeto Terça Negra. Didi não pôde comparecer à premiação. Em seu lugar, recebeu o troféu o gerente do Núcleo de Cultura Afro Brasileira da PCR, Edson Axé.

O promotor de justiça do Estado e militante de Direitos Humanos Westei Condi foi o quarto homenageado da noite. Anunciado como “branco de alma negra”, Condi fez questão de se declarar como um negro legítimo, pela sinceridade que coloca no seu trabalho em defesa das lutas sociais puxadas pela população afro-descendente. “Todos os dias em que, no meu gabinete, eu olhar para esse troféu, eu terei de reafirmar o meu compromisso na luta pela igualdade étnico-racial, algo que sempre venho defendendo em todas as áreas que eu atuei até hoje”, disse Condi.

Encerrando as premiações, o Maracatu Nação Cambinda Estrela, de Chão de Estrelas, também foi agraciado com o Troféu Negra. Para as integrantes da diretoria da agremiação, o troféu não representa apenas um reconhecimento simbólico. “Este prêmio quer dizer muito às nossas companheiras, mulheres guerreiras que lutam no cotidiano, que são as lavadeiras, cozinheiras, mães. Elas, que sofrem diariamente com a perseguição do racismo e do preconceito. E, pra elas, receberem um troféu diante da causa que eles defendem, é muito importante“, declarou Wanessa Santos, uma das cinco diretoras que subiu ao palco para receber o prêmio.

Para coroar a noite com muita festa, se apresentaram nesta Terça Negra especial, além do próprio Maracatu Nação Cambinda Estrela, o grupo de afoxé Omo Obá Dê (Jardim São Paulo) e da banda de samba reggae Tambor Falante.

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