Não é raro meninos e meninas terem curiosidade pelo universo e pela astronomia. Trinta e cinco deles, estudantes da Escola Municipal Oswaldo Lima Filho, do Pina, estão tendo a oportunidade de descobrir e conhecer mais dessa realidade e até montar o próprio foguete artesanal. Com idades entre 12 e 15 anos (3º e 4º ciclos), eles estão participando na manhã desta quinta-feira (13), na Praia do Pina, de uma pré-seleção, dividida em quatro etapa, da qual, dez vão disputar em agosto deste ano a 4ª Olimpíada Brasileira de Foguete (OBF). Já nesta sexta-feira (14), todos os 614 alunos da unidade, na faixa etária dos sete aos 15 anos, participarão das provas teóricas da XIII Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA).

Os foguetes são produzidos com garrafas pet (corpo e pés de apoio), madeira (plataforma de lançamento) e areia para preencher o bico. Tanto a parte prática quanto os estudos teóricos em sala são resultados de um trabalho de quatro meses. “O trabalho despertou muito interesse dos meninos e das meninas que se dedicaram totalmente ao projeto. E isso é importante, pois, com o aprendizado da mistura dos componentes, da angulação dos equipamentos, por exemplo, vai ajudá-los a compreender quando aprenderem isso nas suas respectivas séries”, disse o professor e orientador, Sony Cordeiro.

Os foguetes são movidos pela mistura de água com vinagre. “O regulamento não permite combustíveis inflamáveis, apenas misturas químicas. Testamos várias delas, e o melhor resultado foi a de vinagre, com ou sem álcool”, explicou o docente. A disputa não é pela altura, mas, sim, pela distância em metros que o foguete atinge.

Para o aluno e coordenador Maycon Vinícius, uma das contribuições do projeto é despertar para o futuro. “É uma oportunidade de muitos decidirem o que querem ser. Eu mesmo decidi, com essa experiência, que vou prestar vestibular para astronomia”, afirmou. Já a aluna Sayonara Brena, da 6ª série, destaca importância social. “Ao invés de estarmos na rua, podemos estudar e aprendemos a trabalhar em equipe, então, ajudamos uns aos outros”, opinou.

O resultado com os nomes dos dez alunos que participarão da etapa de agosto ainda será contabilizado durante a tarde desta quinta-feira (13), mas, a vencedora já foi definida: Alessandra Gomes, da 7ª seria A, que alcançou 79,5m.

Com objetivo de fomentar o interesse do jovem pela astronomia, astronáutica e ciências afins, e promover a difusão dos conhecimentos básicos de forma lúdica e cooperativa com a comunidade escolar, tanto a competição prática quanto a prova escrita acontecem de forma simultânea no Brasil e são organizadas pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), em parceria com a Agência Especial Brasileira (AEB) e Furnas Centrais Elétricas S/A. as iniciativas envolvem alunos de todas as series dos ensinos fundamental e médio, das redes pública e privada. As duas olimpíadas vão premiar os três melhores classificados de cada estado com medalhas de ouro, prata e bronze, além de certificados de participação, que todos vão receber, independente do resultado.

OBA – As provas teóricas da XIII Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) serão realizadas nesta sexta-feira (14). A Prefeitura do Recife será representada pelos 614 alunos da Escola Municipal Oswaldo Lima Filho, do Pina, na faixa etária dos sete aos quinze anos (1º ao 4º ciclo), que farão os testes entre 10h e 16h, na própria unidade de ensino. Serão dez questões sobre astronomia, astronáutica e energia, divididas em três níveis de dificuldade, de acordo com a faixa etária dos participantes (1ª e 2ª série, 3ª e 4ª série e de 5ª a 8ª série). O 4º nível, destinado ao ensino médio, não terá participante da rede municipal de ensino.

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