Em mais um ciclo junino, a Prefeitura do Recife apoia os quadrilheiros através de concursos e apresentações por toda a Cidade

Por Jaciana Sobrinho

São João do Recife sem quadrilha junina não é São João. Durante o período junino, elas são responsáveis pelo brilho e alegria dentro e fora dos arraiais. Coloridas, diferentes, tradicionais ou não, os grupos dão um tempero a mais dentro da programação do São João da capital pernambucana. E para que isso aconteça, a Fundação de Cultura Cidade do Recife (FCCR) preparou tudo para receber mais de 80 quadrilhas durante todo o Ciclo Junino.

O Festival Pernambucano de Quadrilhas Juninas conta com 64 quadrilhas adultas (24 classificadas no grupo 1 e 40 no grupo 2) e 21 quadrilhas infantis, que durante todo os mês divertem e emocionam o público que frequenta os palhoções com suas cores, seu talento e toda a garra e vontade de vencer.

O concurso já começou apresentando os grupos infantis nos dias 05 e 06 de junho, no Sítio Trindade. Nos dias 17, 18 e 19, apresentam-se, às 20h, as quadrilhas adultas, distribuídas nas seis RPAs. A etapa eliminatória das quadrilhas infantis continua nos dias 12 e 13, a partir das 15h, no Sítio Trindade, e no dia 19 acontece a etapa final, no mesmo local e horário. Já a finalíssima para as quadrilhas adultas será realizada no Geraldão. O grupo dois apresenta-se nos dias 22 e 23 e o grupo um nos dias 24 e 25, sempre a partir das 20h.

As 30 finalistas receberão um prêmio por classificação, distribuído da seguinte maneira: R$1,5 mil para doze finalistas do Grupo 1, R$ 1 mil para doze finalistas do Grupo 2 e seis finalistas do Grupo Infantil. Já a premiação para os vencedores soma um total de R$ 78 mil e contempla do primeiro ao quinto lugar de cada grupo (confira os valores abaixo). A FCCR entregará também um troféu às categorias de melhor casamento, trilha sonora, marcador, figurino e coreografia. A apuração dos pontos acontece na Praça do Arsenal, às 16h, no dia 26 de junho; e a entrega dos prêmios será feita no dia 28, por um integrante da comissão técnica do concurso, no local onde os grupos estiverem se apresentando.

Além do concurso, o São João do Recife tem também um momento de confraternização das quadrilhas. Trata-se do Quadrilhão da Fequajupe (Federação das Quadrilhas Juninas de Pernambuco), que promete movimentar ainda mais o centro da Cidade, no dia 16, às 17h. Ao som da Forrovioca – a famosa Frevioca com roupagem junina - dez quadrilhas infantis concentram-se na Praça Maciel Pinheiro e seguem até o Pátio de São Pedro. A partir daí, é o momento das quarenta quadrilhas adultas seguirem até o Marco Zero, concluindo o grande cortejo.

Outro momento grandioso dos festejos juninos será o Quadrilhão da Educação, que se realiza dia 17, às 17h. Promovido pela Secretaria de Educação, em ação conjunta com a Fundação de Cultura Cidade do Recife, o encontro inclui 500 alunos de 20 escolas da rede pública de educação. A apresentação acontece com a música ao vivo da Bandinha da Gac (Gerência de Animação Cultural) e conta com participação do Grupo Teatral da Gerência.

E para abrilhantar ainda mais a festa, este ano acontece a primeira edição de Quadrilha Circense promovida pela PCR. Dez casais incluindo pernas de pau, malabares, mágicos, anões, apresentam-se no Pátio de São Pedro, no dia 22 de Junho, a partir das 19h.

Memória - Consciente da importância e da forte expressão cultural das quadrilhas, a Fundação de Cultura publica uma pesquisa inédita sobre a história das Quadrilhas Juninas que fazem ou fizeram história no festival promovido pela FCCR. Organizado pela equipe de pesquisadores do Núcleo de Concursos, a publicação registra a história de 41 quadrilhas do Recife e Região Metropolitana. As informações sobre os grupos foram obtidas por meio de entrevistas com os marcadores e ex-dançarinos. Estas quadrilhas permanecerão vivas na lembrança dos quadrilheiros, que terão seus nomes registrados nesse documento de preservação da memória histórica dos grupos.

“A pesquisa retrata a evolução das quadrilhas. Elas iniciam como uma brincadeira de São João entre vizinhos do mesmo bairro e transformam-se em verdadeiros espetáculos artísticos, com novos movimentos coreográficos, estilos musicais, figurino e elaboração de temas”, afirma Zélia Sales, coordenadora da pesquisa. O trabalho registra, ainda, a história do Festival Pernambucano de Quadrilhas Juninas, iniciado na década de 80. Foram produzidos dois mil exemplares, que serão distribuídos entre as quadrilhas, escolas, bibliotecas, centros de documentação e pesquisa, ONG’S, museus, entre outros espaços de pesquisa sobre cultura popular. O catálogo “Memória Histórica das Quadrilhas Juninas” será distribuído entre os entrevistados, em bibliotecas e estará à disposição do público na Casa do Carnaval.

• Catálogo “Memória Histórica das Quadrilhas Juninas”
  
  

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