Companhia de Carolyn Carlson apresentou-se no Teatro de Santa Isabel como parte da programação antecipada do FIDR

O 15º Festival Internacional de Dança do Recife (FIDR) só começa na próxima quinta-feira (21), mas neste sábado (16), o público já pode experimentar um pouco do que o evento promovido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura, tem programado para a edição deste ano. Na primeira noite do FIDR, foi o Teatro de Santa Isabel sediou as apresentações dos espetáculos franceses Li e Mandala.

As coreografias são do Centro Coreográfico Nacional de Roubaix, do norte da França, dirigido pela coreógrafa Carolyn Carlson. O nome do espetáculo Li é um ideograma que remete à origem. Durante a dança, os dois bailarinos exploram a dualidade do Yin e Yang. Na sequência, o público assistiu à Mandala, coreografia inspirada na pulsação do coração humano e nos motivos circulares que aparecem nos campos de cereais.

Para Arnaldo Siqueira, coordenador do Festival de Dança, os espetáculos comprovam a qualidade e a diversidade da programação do FIDR. “Estamos todos entusiasmados com a realização de mais uma edição do festival e queremos oferecer o melhor ao público recifense. Continuamos seguindo a diretriz de ocupar diversos espaços da cidade como teatros, escolas e até mercados, de maneira que o evento seja descentralizado e o acesso à cultura esteja ao alcance de todos”, afirma Arnaldo. As apresentações têm entrada gratuita e começam às 20h, de quinta a segunda (até o dia 25 de outubro).

Carolyn Carlson - nasceu na Califórnia, mas começou a ser reconhecida no campo artístico quando começou a trabalhar na França, onde iniciou trabalhos em 1971. Depois de quatro décadas, Carolyn exercitou seu estilo a partir de variações da dança contemporânea francesa e italiana, sendo responsável por mais de uma centena de peças, como “Density 21,5“, “The Year of the horse”, “Blue Lady”, “Steppe”, “Maa”, “Signes”, “Writings on water” e “Inanna”. Em 2006, sua obra foi coroada pelo primeiro Leão de Ouro, nunca antes atribuído a um coreógrafo, pela Bienal de Veneza. Desde 2004 ela ocupa a posição de diretora artística do centro coreográfico nacional Roubaix Nord-Pas de Calais, e descreve seu trabalho não como o coreografia, mas algo próximo a “poesia visual”.

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