Cerimônia de abertura antecedeu a apresentação do espetáculo Simplesmente eu, Clarice Lispector, estrelado pela atriz Beth Goulart

A décima terceira edição do Festival Recife de Teatro Nacional teve início na noite desta quarta-feira (17), no Teatro Santa Isabel, onde o secretário de Cultura Renato L comandou a cerimônia de abertura do evento, que homenageia duas grandes atrizes pernambucanas, com envergadura nacional: Leda Alves e Diva Pacheco. A primeira recebeu a placa das mãos do secretário de Cultura e a segunda enviou o neto, Plínio Pacheco, para representá-la uma vez que esteve impossibilitada de comparecer.

O coordenador geral do Festival, Vavá Shön Paulino, abriu a noite convocando a todos para comparecer nos espetáculos oferecidos pela PCR no Festival: “Até o próximo dia 29 teremos 14 espetáculos nacionais e locais, apresentados no Apolo, Hermilo Borba Filho, Barreto Junior e Santa Isabel, além da Refinaria Nascedouro de Peixinhos. Sem esquecer, é claro, de que seis outros palcos espalhados por bairros do Recife (as RPAs) também receberão montagens”, disse.

Já Renato L fez questão de ressaltar que esta edição do Festival é importante por homenagear duas das grandes atrizes de teatro brasileiras e também por marcar efemérides com os 180 anos do Teatro Santa Isabel e os 50 anos do Movimento de Cultura Popular: “Ocasiões que casam bem com o eixo temático escolhido para este ano que á a tradição e a ruptura na linguagem teatral”, lembrou.

CLARICE - Logo depois das homenagens, o público pode conferir uma das montagens mais aguardadas da décima terceira edição do Festival Recife de Teatro Nacional. O espetáculo Simplesmente eu, Clarice Lispector, estrelado por Beth Goulart é um monólogo onde a atriz encarna a escritora em um cenário simples e bonito, composto apenas por uma cortina de fitas, uma banqueta, uma poltrona, uma longue chaise, uma mesa, uma máquina de escrever e dois cinzeiros.

A impressão de simplicidade se esvai quando a atriz mostra o seu poder de interpretação que a faz migrar da personalidade de Clarice para as personalidades de personagens criadas pela escritora de origem ucraniana, falecida em dezembro de 1977. Todas estas mulheres são, em suma, a própria Clarice, que durante o monólogo é revelada para o público pelo olhar da atriz que faturou o Prêmio Shell 2009 com esta montagem. Beth Goulart pesquisou por mais de dois anos sobre vida e obra da de Clarice Lispector, além de ensaiar por seis meses para evocar sua expressão corporal e sotaque.
O espetáculo terá mais uma apresentação, nesta quinta-feira (18), às 20h, no Teatro Santa Isabel. Os ingressos custarão R$ 10 e R$ 5 (meia), e estão à venda na bilheteria.

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