As usuárias da casa fizeram uma apresentação de dança, além da leitura de belas mensagens

Por Mauro Rossiter

A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Assistência Social (SAS), inaugurou, nesta quinta-feira (02), a nova sede da casa de acolhida O Recomeço. A casa ocupava, antes, um espaço no Bongi doado pela Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), em forma de comodato. Já o novo imóvel foi adquirido com renda proveniente da bilheteria da 44ª edição do Baile Municipal, que aconteceu em 2008.

O novo local, que começou a funcionar no último dia 24, oferece mais conforto e comodidade às usuárias da casa, com quartos onde cabem até 06 pessoas, armários espaçosos e berços juntos às mães, além de ambientes adaptados para receber mulheres com deficiência. Tem capacidade para abrigar até 30 mulheres em situação de vulnerabilidade social, com ou sem filhos, e a presença diária de uma enfermeira.

Durante a festa de inauguração, houve apresentação de dança e leitura de mensagens pelas usuárias. Em seguida, a secretária de Assistência Social, Niedja Queiroz, falou sobre a satisfação de ver um trabalho bem feito na área de proteção. “Vocês estão juntas, recomeçando suas vidas, e isso é importante. Já nós, vamos acolher e vamos proteger”. Ela ainda se emocionou ao falar sobre a situação de uma usuária que foi recolhida das ruas do centro da Cidade com seu bebê.

A secretária também explicou que esse modelo de casa de acolhida é o ideal para ser utilizado no Município. “Essa inauguração mexe com todo mundo que trabalha com essa rede de proteção. E a intenção é fazer com que todos os abrigos possam ter esse nível de acolhimento digno para todas as pessoas”.

O abrigo - O local tem uma área total de 665 m², sendo 381,64 m² de área construída. Sua proposta é o acolhimento de mulheres, incluindo filhos, casos os tenham, por até 1 ano. O trabalho é realizado com apoio de equipe multidisciplinar, centrada no resgate dos direitos e da autoestima, bem como na reconstrução de projetos de vida, como o estímulo à retomada aos estudos, trabalho comunitário ou ainda de reinserção familiar. As crianças que se encontram abrigadas, na companhia das mães, frequentam creche, ou escola da rede municipal.