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Cultura

CONVERSA COM MARCO POLO MARCA TERCEIRA NOITE DO FESTIVAL DE LITERATURA
00:00 Quinta-feira, 25 de Agosto de 2011

O escritor lembrou sua infância e falou aos admiradores sobre suas influências, literatura e música
 
Um dos momentos mais esperados desta edição do Festival Recifense de Literatura foi o painel “A letra e a voz” com o jornalista, poeta e compositor, Marco Polo Guimarães, homenageado pelo evento. Um numeroso público reuniu-se no auditório da Livraria Cultura, na noite da última quarta (24), para conhecer a vida e trajetória do escritor. Marco saciou a curiosidade dos admiradores contando com seu jeito simpático sobre como descobriu a poesia e tomou gosto pela escrita.
 
“Quando criança, li um poema que falava de uma moça que morava numa torre e consegui compreendê-lo completamente. Desde aquele dia, não parei mais de ler, descobri Manoel Bandeira. O trabalho deles me inspirou a escrever também”, afirmou. Guimarães contou também que seus primeiros poemas surgiram quando ainda tinha dez anos e que aos quinze ele já tinha muito material, mas nem sabia o que fazer com tudo aquilo.
 
Num momento de ousadia, tomou coragem e foi à casa de Ariano Suassuna, que morava próximo à sua residência, e submeteu seus textos à avaliação do já reconhecido escritor. “Ele foi muito atencioso, leu tudo e ainda fez observações individualmente nos poemas a cerca do que era bom e do que poderia melhorar. Mas me disse que eu era muito racional e que ele gostava de coisas mais emocionais. Então, sugeriu que eu procurasse João Alexandre Barbosa, pois ele poderia me ajudar mais”, enfatizou.
 
Sobre suas influências, Marco falou que existe um trio que lhe deu o norte. “Com Bandeira, eu aprendi a liberdade e o lirismo da vida, com Drummond, a ironia e os questionamentos da existência, e com João Cabral de Melo Neto, aprendi a rigorosidade”, disse. 
 
A música também foi muito presente na vida de Marco Polo e os caminhos das viagens que fez e das pessoas que conheceu o levaram ao palco. “Sempre gostei de cantar, imitava Nelson Gonçalves, mas nunca pensei em ser cantor. Depois de um tempo fora do Recife, resolvi voltar e encontrei um pessoal que estava querendo montar uma banda, mas não tinha repertório e eu já tinha muitas letras escritas, mas não tinha banda. Foi assim que surgiu a Ave Sangria. Quando veio a censura, acabou tudo e me voltei par aos meus textos. A escrita voltou a ser minha prioridade”, acrescentou.
 
Na ocasião, o escritor aproveitou para falar também de seu mais recente trabalho que foi lançado esta semana. Trata-se da seleta “Oficina do Avesso”, editado pela Gerência Operacional de Literatura da Fundação de Cultura Cidade do Recife. A publicação faz um apanhado do legado do autor, incluindo três poemas inéditos.
 
Marco Polo Guimarães - nasceu no Recife. É jornalista, poeta e compositor. Publicou os livros: Vôo Subterrâneo (1986), Narrativas (1992), Memorial (1996), Brilho (1996), Palavra Clara (1998). A Superfície do Silêncio (2002), Caligrafias (2003) e Sax Áspero (Tigre do Espelho, a sair). Participou de diversas antologias, com destaque para a Antologia da Nova Poesia Brasileira, organizada por Olga Savary (1992) e Poésie du Brésil, organizada por Lourdes Sarmento (1997). Também cantor e compositor gravou o disco Ave Sangria e participou das coletâneas Asas da América – Frevo I e II. Atualmente, é editor da revista Continente Multicultural.

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