O método utiliza brincadeiras antigas que fazem parte do folclore brasileiro, proporcionando às crianças divertimento e aprendizagem

Por Marcos da Silva

Ensinar crianças do 1º ano do 1º ciclo utilizando os conhecimentos que elas trazem de casa: versinhos, trovas, cantigas de roda. Esse foi o método que a Escola Municipal Asa Branca, na comunidade da Lagoa Encantada, no Ibura, encontrou para despertar o interesse dos pequenos estudantes pelas letras. É o programa Parlendas.

Criado em março deste ano pela educadora da Rede Municipal Rosângela Veloso, que leciona na escola, o projeto já apresenta resultados significativos. Segundo ela as parlendas são brincadeiras antigas e fazem parte do folclore brasileiro, geralmente são pequenos versinhos com palavras que rimam entre si e que proporcionam às crianças divertimento e aprendizagem. “Vivencio em sala de aula as brincadeiras que fazem parte da vida das crianças. É muito importante a riqueza que elas trazem de casa. Os conhecimentos acabam sendo um produto incentivador no desempenho delas na classe. Foi enriquecedor em termos de leitura e escrita. Oito meses após o início do ano letivo, 65% dos meus alunos lêem e escrevem com facilidade”, ressaltou Rosângela.

A dona de casa, Janaina Batista, de 29 anos, mãe de Evelin Ferreira, de seis anos, aluna da turma da professora Rosângela, revelou que até o ano passado, Evelin não lia nada. “Viemos do Pará para morar em Pernambuco. Em seis meses nesta escola da Prefeitura, ela começou a ler tudo. De embalagem de cereais, bulas de remédios, uniforme do pai, até a Bíblia”, falou.

Casinha de Leitura – No prédio da Escola Municipal Asa Branca um armário em forma de casa, abriga os volumes do Programa Manuel Bandeira de Formação de Leitores, distribuídos todos os anos com estudantes da Rede Municipal de Ensino. “A escola está sempre comprando novos livros para aumentar o nosso acervo literário. Do início do ano para cá, adquirimos 60 exemplares. O bônus de mil reais destinado às escolas municipais para compras na Bienal, reforçou nossas prateleiras para a alegria das crianças”, disse a gestora da unidade de ensino, Vilma Perazzo.

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