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Saúde

PCR APÓIA DIA NACIONAL DE MOBILIZAÇÃO PRÓ-SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA

No intuito de mobilizar o governo e a sociedade civil para a desigualdade racial na rede de saúde pública e nos indicadores de saúde no Brasil, foi instituído nacionalmente a data de 27 de outubro como o Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra.

No Recife, as ações foram adiadas para esta quinta-feira (30), devido ao feriado do servidor municipal na última segunda-feira. Foram organizadas palestras, encontros e distribuídos materiais informativos em casas de terreiro em todas as Regiões Político-Administrativas (RPAs); uma iniciativa da Rede de Mulheres de Terreiro do Brasil com o apoio da Prefeitura do Recife, por intermédio da Secretaria de Saúde e de profissionais e técnicos de outras secretarias.

No Distrito Sanitário III, que compreende o bairro de Santa Isabel, o local selecionado para receber as ações de saúde e educacionais foi o terreiro Ilê Axé Oba Olosá, ou Casa Rainha das Águas, de Mãe Diva. Na equipe destacada pela Secretaria de Saúde estavam duas enfermeiras, três técnicos em enfermagem e sete agentes de saúde que prestaram serviços de aferição de pressão e níveis de glicemia.

Para Mãe Diva, a iniciativa da Prefeitura do Recife ajuda a colocar em prática os atendimentos à população negra. “Além de chamarmos a atenção para o problema da saúde, também abordamos temas relacionados ao meio-ambiente”, comentou Mãe Diva sobre a palestra “Bacia Hidrográfica do Açude de Apipucos”, apresentada por Lúcia Veras, da Diretoria de Meio Ambiente da Secretaria de Planejamento e Assis Lins de Lacerda, analista ambiental da Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH).

Durante a palestra, Lúcia Veras presenteou Mãe Diva com um exemplar do livro “De Apê Puc a Apipucos”, resultado de seu mestrado sobre a Bacia Hidrográfica de Apipucos. Especialista sobre o assunto desde a década de 80, Lúcia vem acompanhando as modificações ambientais sofridas no açude durante esses 20 anos e aponta as ações dos moradores da área como as mais destrutivas. “Precisamos organizar palestras de educação ambiental como esta para orientarmos os moradores sobre o tratamento que deve ser dado ao lixo e os problemas causados pelo desmatamento e ocupação irregular das margens”, pontuou.

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