Com intuito de promover políticas públicas de combate à desigualdade racial na sociedade, a Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Direitos Humanos e Segurança Cidadã, lançou manhã desta segunda-feira (10), o Diagnóstico da Desigualdade Racial na Cidade do Recife. O lançamento aconteceu no auditório Capiba, 15º andar do edifício-sede da Prefeitura do Recife, Bairro do Recife.

Estiveram presentes as secretárias de Direitos Humanos, Karla Menezes e de Saúde, Tereza Campos; a diretora de Igualdade Racial, Rosilene Rodrigues e representantes do Conselho de Promoção da Igualdade Racial e do Fórum Temático de Negros e Negras. Na ocasião, foi apresentado ainda o resultado do Perfil da Mortalidade por Raça-Cor em Recife –2007, elaborado pela Secretaria de Saúde do Recife.

Além do Programa de Combate ao Racismo Institucional, mantido pela municipalidade, estiveram envolvidos na elaboração do Diagnóstico de Desigualdade, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Department for International Development (DSID).

O diagnóstico é resultado da compilação de dados e pesquisas já existentes, como o levantamento estatístico do censo realizado em 2000 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e ainda uma bibliografia extensa que aborda os temas da formação da cultura negra no Brasil e ainda sobre a desigualdade racial no Recife e no país. Para realizar o trabalho foram convidados o especialista em Análises Públicas e Método Quantitativo, Ronald dos Santos Oliveira; o bacharel em estatística, Denis Leonardo e ainda o doutor em sociologia, Ronaldo Laurentino de Sales Júnior.

Para a secretária Karla Menezes, o diagnóstico é imprescindível para traçar políticas públicas integradas que visem o combate à desigualdade no Recife. “Desde 2001, com a posse do prefeito João Paulo, temos desenvolvido várias ações e programas de promoção à Igualdade Racial, a exemplo das secretarias de Educação e Saúde”, pontuou Karla Menezes, destacando ainda que nestes quase oito anos foram realizadas duas edições da Conferência Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, além da criação do Fórum Temático de Negros e Negras no Orçamento Participativo.

O sociólogo Ronaldo Laurentino endossa as diversas opiniões de que para levar adiante uma política de igualdade racial, é necessária uma integração de políticas sociais de diversas instituições, sejam elas de iniciativa da sociedade civil ou governamental. “São necessárias ações efetivas para que alterem a realidade da população negra. Esse diagnóstico é apenas o início, precisamos ir mais longe na elaboração de planejamento”, comentou o pesquisador.

Os interessados em adquirir o Diagnóstico da Desigualdade Racial na Cidade do Recife deve se dirigir à Secretaria de Direitos Humanos, no 1º andar do edifício-sede da Prefeitura do Recife, avenida Cais do Apolo, 925, Bairro do Recife.

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