Os moradores da Iputinga terão a oportunidade de conhecer e relembrar importantes fatos da história do bairro, nesta sexta-feira (21). Na ocasião serão apresentados, no clube do Garçom (Iputinga), os trabalhos realizados pelos sete agentes do Centro de Memória da Iputinga, ação experimental do Projeto Memória em Movimento nos Bairros do Recife, desenvolvido pelo Programa Multicultural.

A programação é gratuita e começa às 8h, com o seminário “Memória e Mudança Social no Bairro da Iputinga”, com acesso limitado aos inscritos. Durante o encontro, os participantes vão, além de apresentar os trabalhos, discutir o andamento do projeto. Um dos grandes momentos será a palestra do Sr. Luís Antônio de Oliveira, integrante da implantação do Museu da Maré, no Rio de Janeiro, que tem idéias semelhantes com o projeto-piloto do Recife. A partir das 17h, serão abertas ao público várias ações: uma mostra de fotografias, rádio ao vivo, cabine fotográfica, exibição de vídeo e distribuição da 3a edição do Fanzine “Encontro com a Memória da Iputinga”. “O interessante desse projeto é que todo o material é produzido pela população, apenas ministramos oficinas para orientá-los. Nessa última edição do jornal, por exemplo, tudo foi criado por eles, desde a produção, até a diagramação”, disse a jornalista e técnica do projeto, Luciana Rabelo.

O Memória em Movimento nos Bairros do Recife começou em julho de 2007 com a reunião de gestores da Fundação de Cultura do Recife, das secretarias municipais de Planejamento e Política de Governo, além do Multicultural, na qual foram definidos os trabalhos do projeto-piloto e os primeiros bairros que o receberiam. “Iputinga foi eleito por ser um bairro de artistas e por abrigar o Casarão do Barbalho, um imóvel do século XIX, com características Neoclássicas. Esses são dois elementos essenciais do projeto”, explica a coordenadora do Multicultural, Amara Cunha. O objetivo é contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população através da construção de um acervo sobre a história do bairro, como a origem do nome, as primeiras famílias residentes, e também a contemporânea, como o jovem vê a localidade e quais as perspectivas de futuro deles.
Em dezembro as atividades serão fechadas para avaliação e em seguida implantar nas outras localidades: Bomba do Hemetério, Ibura e Peixinhos. A idéia é que o projeto atinja todos os bairros da cidade. “Dessa forma será possível construir a história da cidade contada pelos próprios moradores”, planeja Cunha.

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