Cultura
MAMAM REABRE APÓS DOIS ANOS EM REFORMA
00:00 Quarta-feira, 17 de Março de 2010
Após dois anos fechado para reformas estruturais, o Museu de Arte Moderna Aluísio Magalhães (Mamam), na Boa Vista, referência entre os equipamentos culturais da Prefeitura do Recife, reabriu suas portas. O prefeito João da Costa entregou a 1ª etapa das obras de revitalização do Museu em coquetel de reabertura que aconteceu na noite desta quarta-feira (17), no grande salão inferior à exposição-processo “contidonãocontido”, com curadoria de Clarissa Diniz, Maria do Carmo Nino e do Educativo Mamam.
Para o prefeito, a reabertura do Museu beneficiará a classe artística. “Essa reinauguração é muito importante para a cena cultural da Cidade, pois esse é um ponto de encontro de artistas e intelectuais recifenses. Queremos viabilizar o mais rápido possível a reforma completa, bem como políticas permanentes de manutenção, nesse que é um espaço fundamental para o Recife”, afirmou. Além do prefeito João da Costa, prestigiaram a reinauguração o secretário de Cultura, Renato L; a presidente da fundação de Cultura Cidade do Recife (FCCR), Luciana Félix, e a nova diretora do Museu, Beth da Matta.
Muitas são as novidades que estarão disponíveis. Com acesso pela rua da União, o Aquário Oiticica será um espaço dedicado a ações experimentais. Para a reinauguração foi montada uma mostra sobre a vinda de Hélio Oiticica ao Recife, em 1978, a convite do artista Paulo Bruscky. O Recife foi uma das poucas cidades onde Oiticica, falecido em 1979, realizou performances com seus Parangolés.
Já quem chega pela Rua da Aurora logo se depara com a história do patrono do Museu através do Foyer Aloísio Magalhães, no primeiro pavimento. Lá há um espaço dedicado ao pintor e designer pernambucano. Ainda no mesmo piso pode ser observada a preservação da parede de cerâmica deixada por Moacir dos Anjos, antigo diretor do Mamam entre 2001 e 2006. Segundo Renato L, a reabertura do Mamam atende ao anseio dos artistas locais. “Há uma demanda da classe local de revisitar o acervo do Mamam. Essa reabertura vem justamente atender a essa necessidade”, explicou.
Outra que estreia é a Loja Mamam, que será administrada pela Sociedade Amigos do Mamam e tem relação íntima com o Centro de Design do Recife, também equipamento cultural da PCR. O ponto comercial vai vender produtos que dialogam com o perfil de um museu de arte moderna, como objetos de design, acessórios, souvenirs, reproduções e obras de artistas. Nomes como Gil Vicente, Jacaré e Brás Marinho já estão confirmados no hall dos que assinam produtos disponíveis. O lucro será revertido para a instituição e poderá ser investido em ações como aquisições de obras.
Já o Café-bistrô chega com a proposta de se relacionar diretamente com a arte. A ideia é que este seja um local para uma pausa para reflexão sobre as exposições, para pequenas reuniões e, claro, degustar um café. O lugar deve ainda sediar lançamentos, audições musicais e outros encontros culturais. Certamente será um ponto de encontro para as cabeças mais fervilhantes da Cidade. A empresa a gerenciar o local será definida em breve através de processo de licitação. Além dos novos espaços, o Museu melhorou em termos de acessibilidade, com a colocação de rampas e ampliação de banheiros.
E para tornar a curadoria mais representativa, o Mamam volta às atividades com a formação do Conselho Curatorial composto por quatro profissionais especialistas em suas áreas: Andrés Hernandes, cubano naturalizado brasileiro, que é curador independente e diretor executivo do MAM – SP; Beth da Matta, diretora do Mamam; Marcelo Silveira, artista plástico pernambucano reconhecido nacionalmente; e Ricardo Resende, que é diretor de Artes Visuais da Funarte, curador da Sociedade Amigos do Projeto Leonilson e curador independente para projetos especiais de instituições como o MAM – SP e MAC – USP.
Cinema - A direção do Mamam já está planejando novos usos para o auditório. Em breve ele abrigará sessões de audiovisual, podendo funcionar na hora do almoço, com exibições de videoartes e curtas-metragens. Também está programada para abril de 2010 a criação do Clube de Fotografia Mamam, inspirado no bem sucedido clube do MAM-SP, que será coordenado pelo fotógrafo Alexandre Belém e terá curadoria da teórica e pesquisadora Geórgia Quintas. A cada ano serão definidos cinco fotógrafos que doarão uma obra inédita, que será reproduzida e direcionada para venda ao público, provas de artistas, acervo da casa, acervo do Clube e para o curador.
História - O antigo sobrado localizado às margens do rio Capibaribe, foi construído no século XIX, pelo Barão de Beberibe. O prédio foi sede do Clube Internacional até 1923, e depois abrigou a sede da Prefeitura do Recife entre os anos de 1926 a 1971. Em 1981, foi criada a Galeria Metropolitana de Artes do Recife, que no ano seguinte passou a se chamar Galeria Aloísio Magalhães. Só em 1997 o local recebeu o nome Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães. Desde então, passou a ser referência mundial, colocando o Recife na rota das grandes exposições nacionais e internacionais. Desde o início da década de 1980 o museu é considerado centro de referência da produção moderna e contemporânea das artes visuais brasileiras.
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