A importância e o impacto das ações de enfrentamento da mortalidade materna foram amplamente discutidas nesta sexta-feira (28) durante seminário sobre o tema promovido pela Prefeitura do Recife no auditório da Fundação Joaquim Nabuco, no Derby. A realização do evento marcou a passagem do 28 de maio, quando se celebra o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna e o Dia Mundial de Ação pela Saúde da Mulher.

O público presente, de aproximadamente 200 pessoas, era formado, em sua maioria, por gestores, médicos, enfermeiros, doulas, agentes comunitários de saúde, professores e estudantes universitários, funcionários e usuários da rede municipal e representantes de movimentos feministas. Gerente de Atenção à Saúde da Mulher do Recife, Benita Spinelli avaliou o encontro de forma bastante positiva. “É preciso garantir uma assistência de qualidade à mulher, bem como assegurar seus direitos sexuais e reprodutivos. As ações nesse sentido devem ser permanentes para não ocorrerem óbitos por motivos totalmente evitáveis, como a falta de um pré-natal de qualidade”, apontou.

Como parte da programação houve a exibição do filme à Margem do Corpo. Dirigido por Débora Diniz, ele conta a história de Deuseli, que mora numa cidadezinha no interior de Goiás e, aos 19 anos, é estuprada e engravida, morrendo cerca de dois anos depois. O que ocorre em seguida, nesse período, é recontado por advogados, médicos e exorcistas.

Durante o seminário, também foram abordados o perfil da mortalidade de mulheres em idade fértil no Recife, pela gerente de Informações de Natalidade e Mortalidade da Secretaria Municipal de Saúde, Sony Ramos; e a relação entre gênero e consumo de derivados do tabaco, pelo coordenador de Controle do Tabagismo do Recife, Marcus Túlio Caldas. A mediação do debate ficou a cargo da coordenadora de Prevenção aos Acidentes e Violência do Recife, Carmelita Maia. A realização do evento teve apoio do Comitê de Estudo da Mortalidade Materna do Recife.