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Cultura

DIÁLOGOS ENTRE ARTE E PÚBLICO ENCERRA COM TROCAS DE EXPERIÊNCIAS
10:05 Segunda-feira, 23 de Agosto de 2010

No segundo dia do evento, iniciativas para a promoção da acessibilidade foram discutidas entre palestrantes e plateia

Por Eva Duarte

Mais uma rodada do Diálogos entre Arte e Público foi realizada no Museu de Arte Moderna Aluísio Magalhães – Mamam. A tarde da sexta-feira (20) foi aberta com a palestra do professor Francisco Lima, do Centro de Estudos Inclusivos - CEI da UFPE, órgão especializado no desenvolvimento de tecnologias assistivas. A áudio-descrição, sua importância para a inclusão do público cego e com baixa visão, as técnicas empregadas e até a grafia correta da palavra foram abordadas pelo professor.

A áudio-descrição é exatamente o que o termo expressa: o intérprete de uma obra visual ou audiovisual descreve o que vê, atendo-se a citar cores, texturas, elementos gráficos, textos e personagens, localizando-os no espaço sem tecer conclusões ou interpretações. A palestra teve como suporte um conjunto de slides acompanhados de áudio-descrição realizada na hora por dois tradutores do CEI. “Quando eu traduzo uma obra através de áudio-descrição, eu não interpreto. Eu dou os fatos para que o indivíduo forme sua própria idéia”, ressaltou Lima, que é cego.

Sobre a grafia correta da palavra, o professor explicou que há duas correntes, uma que aceita a grafia audiodescrição e outra que defende o uso do hífen. Francisco Lima defende a segunda: “Ao escrever separado, você traz um novo conceito, um novo significado. A áudio-descrição é uma técnica de tradução visual, um gênero tradutório mesmo. O que importa é que haja uma ponte entre a imagem e quem precisa dela. O hífen é a ponte”.

Num segundo momento, foi discutida a necessidade da formação de um grupo de trabalho para a elaboração de um documento em prol de políticas públicas que promovam a acessibilidade cultural. Ciente da complexidade do tema, Regina Buccini, gerente de Artes Visuais e Design da FCCR destacou que “é importante que todos os públicos tenham acesso aos bens culturais, mas, para este primeiro momento, optamos pelo recorte de público da pessoa com deficiência”.

Firmou-se, então, o compromisso da formação do Grupo de Trabalho de Acessibilidade Cultural entre o público presente, composto por representantes de várias instâncias do poder público, entidades do terceiro setor, gestores de equipamentos culturais e usuários com e sem deficiência. O cronograma acordado entre todos prevê a redação de uma carta com sugestões de diversas naturezas até o início de novembro deste ano.

Encerrando o encontro, foram apresentadas iniciativas de sucesso para a promoção da acessibilidade realizadas no Recife e em São Paulo. Jovens do Projeto FotoLibras falaram em Libras (Linguagem Brasileira de Sinais) sobre a o projeto e sua importância para a socialização de jovens surdos e a sensibilização para a arte e cultura. A experiência do FotoLibras inspirou Karina Bacci para a realização de diversos cursos voltados para públicos surdos e cegos, em turmas mistas com pessoas ouvintes e videntes realizados no Museu de Artes Moderna de São Paulo. Também em São Paulo, Viviane Sarraf criou a empresa Museus Acessíveis, voltada para a criação e adaptação de espaços expositivos acessíveis a todos os públicos.

Está programado para novembro um novo encontro do Diálogos, dessa vez para o lançamento do 3º Caderno de Textos Diálogos entre Arte e Público, pela primeira vez em braile e com áudio-descrição. O evento também foi todo registrado e deverá ser lançado como um DVD com tradução em Libras e áudio-descrição.

O evento aconteceu nos dias 19 e 20 de agosto no auditório do Mamam e foi promovido pela Gerência de Formação em Artes Visuais e Design da Fundação de Cultura Cidade do Recife / Secretaria de Cultura.

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