Oficinas de decoração de sandálias e taekwondo foram implantados neste fim de semana

Por Marcos da Silva

Prosseguiram neste domingo (16), a partir das 15h, na Avenida Alfredo Lisboa, no Recife Antigo, as diversas atividades e oficinas multiculturais e esportivas do Programa Viver o Bairro, que faz parte do plano Recife! Nosso Centro, cujo objetivo é resgatar o referencial cultural do centro da Cidade. Criado em dezembro do ano passado pela Prefeitura do Recife como uma alternativa de lazer e entretenimento para turistas e moradores dos diversos bairros da Cidade, o projeto, que acontece sempre nas tardes de domingo, tem recebido cada vez mais adeptos.

Breakdance, futebol de barrinha, percussão, capoeira, maculelê, bicicross, skate, contação de estórias, desenho, reutilização de garrafas PET, jogos populares como amarelinha, queimado, sete cortes e pula-corda, além de novas atividades como decoração de sandálias e taekwondo, têm atraído cada vez mais alunos e curiosos.

“Papel A-4 e lápis de cor são essenciais o para desenho. Ensino a técnica do esfumaço, que mostra o volume, a profundidade e a colocação das cores. Existem módulos para iniciantes e para quem já possui prática. Dependendo do tipo de desenho, o trabalho leva até dois dias para ficar pronto”, explica o professor da oficina de desenho, Vinícius Barbosa.

Cerca de 15 alunos procuraram a oficina de desenho para aprender ou aprimorar seus conhecimentos. O estudante da 4ª série, de uma escola da rede privada, Vinícius Lima, de 9 anos, adorou a ideia de desenhar ao ar livre, sentou em uma das cadeiras e fez os primeiros traços do Pica Pau, seu desenho favorito. “Gosto de desenhar em casa. Esta é a primeira vez que participo de uma oficina de desenho”, disse ele.

Qualquer pessoa, independente de sexo, idade ou religião, pode participar da oficina de breakdance. “Tenho 40 anos e ainda continuo dando minhas piruetas”, comentou o professor do ritmo, Paulo Doido. Já as aulas de capoeira, maculelê e samba de roda atraíram cerca de 30 pessoas. “O maculelê é a dança da libertação. Os escravos ensaiavam no intervalo do corte de cana. Para se comunicar, eles usavam a língua iorubá para que os capatazes não soubessem que era uma convocação para a fuga”, explicou o professor Jamaica.

A oficina de decoração de sandálias também recebeu alunos curiosos em aprender. Na aula, eles utilizaram cascalhos, lentilhas, botões, pérolas, fitas e nylon, aliados a instrumentos que não podem faltar como tesoura, dedal, agulha e alicate. “Tudo é costurado com nylon, que garante a durabilidade das sandálias. Dependendo do tipo de calçado, o trabalho pode durar de 30 minutos a uma hora e meia”, revelou a professora de decoração de sandálias, Sônia Maria.

Avaliação – O número crescente de pessoas, de diversos bairros do Recife que tem ido prestigiar e participar do Programa Viver o Bairro, a cada domingo, estimula nos organizadores e professores o desejo de que ele faça parte do calendário de atividades fixas do local. “Vamos fazer uma avaliação no final do mês para decidir se continuamos com o evento por todo o ano. Mas, acredito que tem tudo para dar certo”, assegurou a coordenadora do Programa Escola Aberta, da Secretaria de Educação, Esporte e Lazer, Telma Lucena.

Quem visitou o Recife Antigo na tarde deste domingo (16) pôde se deleitar com a autêntica marca registrada de Pernamabuco. Orquestras de frevo, passistas e até um boneco gigante se apresentaram no Marco Zero da Cidade.

O Recife! Nosso Centro é realizado pela Secretaria Especial de Gestão e Planejamento numa ação conjunta com as secretarias de Educação, Esporte e Lazer, Turismo, Cultura, Assistência Social, além do Geraldão e Emlurb.

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