A Seel, por meio do Programa Manuel Bandeira de Formação de Leitores (PMBFL), promove encontros cujo objetivo é orientar educadores que atuam nas bibliotecas das escolas municipais

Por Suzan Vitorino

Trinta professores de bibliotecas da Rede Municipal de Ensino participaram, nesta quarta-feria (17), da formação intitulada “Bibliotecas Vivas”, no Centro de Formação de Educadores Professor Paulo Freire, no bairro da Madalena. O curso, promovido pelo Programa Manuel Bandeira de Formação de Leitores (PMBFL), vinculado à Secretaria de Educação, Esporte e Lazer (Seel), tem como principal objetivo orientar técnica e pedagogicamente esses educadores.

A formação, que aconteceu em três etapas (04, 05 e 17 de agosto), abordou a organização do acervo, noções de classificação e catalogação das obras, além de conceitos pedagógicos, como a mediação da leitura e a importância do conhecimento, por parte desses profissionais, dos livros que integram um acervo. Os encontros foram orientados pelas formadoras Karyna Melo, Ivana Araújo e Irze Keline. “É muito importante que o responsável pela biblioteca conheça o acervo, assim ele pode indicar com mais firmeza uma obra ao professor ou ao estudante”, esclarece Karyna, que costuma utilizar como dica a obra “Tanto faz como tanto fez”, de autoria de Maria Amalia Camargo a alguns estudantes que demonstram pouco interesse pela leitura. “O livro de Maria Amalia incentiva a leitura, abordando sua importância e o significado das palavras”, recomenda Karyna.

A professora responsável pela Biblioteca Paulo Freire - da Escola Municipal Solano Magalhães, no bairro do Pina -, Regina Coeli, é uma das participantes do curso. “É fundamental esse tipo de formação, pois além de aprendermos elementos técnicos da biblioteca, como melhorar o layout do espaço, por exemplo, aprendemos a contar histórias e a atender corretamente os usuários”, afirma a professora. A Biblioteca Paulo Freire possui um acervo de 3.000 livros e está aberta para consulta e empréstimo aos estudantes.

A formação apresentou, ainda, conceitos de classificação bibliográfica, como os níveis de catalogação CDD e o CDU, a importância do conhecimento dos catálogos online e sinalização das estantes das bibliotecas. O coordenador do PMBFL, Conrado Falbo, reforça o incentivo da Prefeitura na formação do professor de biblioteca. “É importante passar para os educadores que a biblioteca é um local de aprendizado, e não apenas um local para guardar livros”, explica.

Atualmente, a Seel disponibiliza para os estudantes da Rede Municipal 166 espaços de leituras nas escolas, que incluem biblioteca escolar, salas ou cantinhos de leitura.

Curiosidades - A CDD (Classificação Decimal de Dewey) foi criada em 1876 e divide o conhecimento em nove classes; contém ainda uma décima para as obras gerais. A CDU (Classificação Decimal Universal) é um sistema de classificação bibliográfica que abarca a totalidade dos conhecimentos em dez classes principais, ramificadas até ao infinito. As classes são um conjunto de elementos que têm características comuns. Esta classificação funciona no mínimo com três dígitos, que podem ser acompanhados por extensões, as subdivisões são acompanhadas por símbolos.

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