Nesta terça-feira (03), o projeto Terça Negra inicia uma série de homenagens ao mês dedicado a Xangô, no Pátio de São Pedro, no bairro de São José. Abrindo a noite, às 20h, o grupo de música e teatro Vôte Que Isso, formado por artistas de Olinda e diversos bairros do Recife.
No intervalo das 21h, a platéia será contemplada com show de música mecânica. Em seguida, às 22h, se apresenta o grupo de afoxé Filhos de Balé, da Joana Bezerra. Durante todo o mês de junho, vários grupos estarão fazendo reverências à divindade.
Xangô - Como personagem histórico, Xangô teria sido o terceiro Aláàfìn Òyó, "Rei de Oyó", filho de Oranian e Torosi, a filha de Elempê, rei dos tapás, aquele que havia firmado uma aliança com Oranian. Culto fetichista religioso afro-brasileiro presente em Pernambuco, Paraíba e Alagoas, semelhante ao Camdomblé. No culto são evocadas e manifestadas por transe ou possessão entidades espirituais com o predomínio das de origem africana nagô (orixás). Xangô, um dos orixás mais populares no Brasil, divindade das tempestades, raios e trovoadas, sincretizado com São Jerônimo e Santa Bárbara. Orixá dos raios, trovões e grandes cargas elétricas, Xangô é viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Por esse motivo, a morte pelo raio é considerada infamante. Da mesma forma, uma casa atingida por um raio é uma casa marcada pela cólera de xangô.