Cultura
DIVERSIDADE MARCA A SEGUNDA NOITE DO 13º FESTIVAL DE DANÇA
“Alguém quer escutar a música?”, perguntou uma das integrantes do espetáculo Tempo Fragmento, uma das atrações da noite de sexta-feira (10) no 13º Festival Internacional de Dança do Recife. A indagação veio a público nos minutos finais da apresentação, no Teatro Apolo. Em suas mãos estava um fone de ouvido, que pouco antes estava sendo usado pelo bailarino e coreógrafo Inaldo Mendonça, em sua performance que busca refletir a inevitabilidade do passar do tempo. O FIDR 2008 é uma realização da Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura, com apresentação e patrocínio da Petrobras, Itaú Cultural e Ministério da Cultura, por intermédio da Lei Rouanet.
A interação com a platéia foi apenas um elemento a mais, pois, no tic-tac simulado pela trilha sonora a coreografia usou objetos como garrafas e balões coloridos amarrados numa corda, no que seria uma linha do tempo fictícia. Um pouco depois, no palco do Hermilo, o duo Interregnum, formado pelos bailarinos Cláudio Lacerda e Juliana Siqueira se apresentou num cenário despido de qualquer elemento, o que fez dos corpos os únicos objetos em cena.
A noite de sexta-feira ainda contou com o espetáculo Mediatriz, concebido, criado e interpretado por Elielson Pacheco, Janaína Lobo e Weyla Carvalho. Os visitantes do Piauí surpreenderam a platéia do Teatro do Parque ao manter a cortina praticamente fechada durante o espetáculo. Por uma fresta variante, surgem pés, pernas, mãos e outras partes do corpo, o que provoca a ilusão de serem objetos independentes e com expressão própria.
Para Marcelo Evelin, curador do FIDR 2008, trata-se de três grupos com pesquisas que começam a se desenvolver, e que colocam o corpo no centro da discussão. “Em Mediatriz temos um não há a visão total do corpo, que está cortado. Tempo Fragmento investiga o corpo dentro do ambente de objetos simbólicos, como uma música que não se ouve e coisas táteis. Por sua vez, Interregnum é uma experiência econômica, pois busca no próprio corpo a possibilidade de que o público se veja, o que coloca a dança como mediador do olhar do espectador. Essa noite me deixou curioso em saber para onde eles vão a partir daqui”.
Sábado- O terceiro dia do 13º Festival Internacional de Dança do Recife oferece ao público três espetáculos, com destaque para o solo Modelo a escala, do venezuelano Felix Oropeza. Em uma combinação de videoarte e dança, Felix mostra a inquietude do ser diante de conflitos sociais, tentando estabelecer espaços reflexivos para partir para uma caracterização do homem contemporâneo.
A apresentação será no Teatro Apolo, às 21h, junto com o solo Confluir, da pesquisadora e bailarina mineira Thembi Rosa. Com trilha sonora de O Grivo, a artista traz como proposta a investigação da dança através de encontros contínuos. O sábado ainda reserva boas surpresas: às 22h, no Teatro Hermilo Borba Filho,a bailarina Isabel Marques encerra a noite com o espetáculo Coreológicas, desenvolvido a partir do interesse da artista em ensinar e trabalhar conceitos de Rudolf Laban em escolas públicas. Diversidade é uma das características deste festival. Tanto que inicia hoje uma prévia do Ginga B.boy, uma das atividades descentralizadas do FIDR. Será às 15h, na Refinaria Sítio Trindade (Casa Amarela), com a apresentação do Abstract Style Crew. O evento é apenas um aquecimento que culminará na batalha de b.boys, que encerrará o FIDR 2008 no próximo domingo (19).
Às 16h, o evento Dança Falada / Chá com arte segue a roda de conversa regada a chá e biscoitos com os bailarinos Ivaldo Mendonça e Cláudio Lacerda, que se apresentaram na sexta-feira. Tentamos englobar todos os gêneros, sem determinar pré-requisitos de escolha do que seria mostrado, mas primando pela originalidade acima de tudo, comenta Arnaldo Siqueira, coordenador geral do FIDR 2008.
PROGRAMAÇÃO DE SÁBADO 9h30 às 18h30 - Encontro RSD Local: Fundaj (Derby) 15h - Roda de break com Abstract Style Crew Local: Refinaria Sítio Trindade 16h – Dança Falada / Chá com Arte, com Ivaldo Mendonça e Cláudio Lacerda Local: Compassos Cia de Danças 21h – Espetáculo Confluir (MG, 25min) Modelo a escala (Venezuela, 22min) Local: Teatro Apolo 22h – Espetáculo Coreológicas (PE, 60min) Local: Teatro Hermilo Borba Filho
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