Para testar o tempo-resposta e o atendimento médico prestado às vítimas de acidentes de grandes proporções, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência da Prefeitura do Recife (Samu-Recife) participou da simulação organizada pela Infraero, no Aeroporto Internacional dos Guararapes / Gilberto Freyre, na manhã desta quinta-feira (30). Estiveram envolvidos sete profissionais do serviço, entre condutores, médicos e enfermeiras, cuidando da assistência e remoção dos pacientes mais graves para os hospitais.

De acordo com a gerente do Samu-Recife, Danielle Rodrigues, a avaliação do tempo-resposta da equipe entre o acionamento do serviço e a chegada no local do desastre é positiva. “Mesmo com o trânsito fluindo normalmente na cidade, conseguimos atingir a ótima marca de pouco mais de cinco minutos, quando o prazo preconizado é o dobro”, comparou.

Na dramatização, os profissionais prestaram socorro às vítimas do suposto acidentes. Ao todo, a equipe atendeu a seis pessoas. “O treinamento também serviu para avaliarmos a nossa capacidade de atendimento aos acidentados em situações reais de desastre e verificarmos a urgência que cada uma delas necessita”, afirmou Danielle.

Teatralização – A simulação consistiu num desastre dentro do aeroporto. Um avião pousou na pista depois de detectar vários problemas ainda em vôo. Logo após, ocorreu uma explosão. Dentro da aeronave, 50 vítimas, todas militares, vivendo minutos de terror. Após o estrondo, equipes do Corpo de Bombeiros (CB), Exército, Aeronáutica e de salvamento da Infraero entraram em ação para resgatar os passageiros. Nesse momento, foram chamadas as unidades do Samu Recife, Jaboatão dos Guararapes e Paulista para prestar socorro aos acidentados.

Para o atendimento, foram montados quatro pontos distintos, cada um com cor diferente, indicando a gravidade dos ferimentos das vítimas. A lona verde foi destinada aos passageiros com pequenos ferimentos, podendo ser atendidos no local. A lona amarela apontava estado de saúde mais agravado, necessitando de mais atenção e com possibilidade de evoluir para problemas que exigiam mais complexidade no socorro, como no caso das vítimas da lona vermelha. Os óbitos foram colocados na lona preta, em local afastado dos pontos de atendimento. Além disso, foi montada uma lona azul, onde ocorria a triagem das vítimas, agilizando mais o socorro aos feridos.

Segundo o superintende da Infraero, Hamilton Falcão, a simulação ocorre todos os anos e ajuda a organizar e estabelecer rotinas para as equipes de salvamento numa situação real de desastre. “A encenação nos ajuda a verificar e melhorar os erros na implantação do Plano de Emergência do Aeroporto, fator que coordena todo o mutirão que trabalha no socorro às vítimas”, explicou.

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