Alunos do 1º ano do 1º ciclo da Escola Municipal Sítio do Berardo, no Prado, participaram de um passeio didático ao Museu da Abolição, na Madalena, na tarde desta quinta-feira (13). Na ocasião, as 28 crianças – com idades entre seis e sete anos – conferiram a exposição Mwangole – Gente de Angola, do fotógrafo e publicitário Sérgio Guerra, que resgata imagens da população angolana. A atividade faz parte das ações promovidas pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Educação, Esporte e Lazer, em comemoração ao Dia do Estudante, que ocorreu na última segunda-feira (11).

Segundo a coordenadora da escola, Leônia Malta, a visita cumpre o papel educativo a que a escola se propõe, principalmente tendo como viés o tema do ano letivo de 2009: “Recife, Cidade Educadora”. “Muitos deles não têm acesso ao Museu, que é um dos pontos de lazer que a Cidade dispõe e que está bem próximo deles. Em alguns casos, os pais não as levam. Por isso, a escola oportuniza isso a elas, e esse é um aprendizado que vai ficar para sempre. Além do que eles vão repercutir isso em casa, com os amigos, estimulando outras pessoas a virem também”, destacou Leônia.

Sob a vigilância da Guarda Municipal do Recife, os meninos fizeram o trajeto da sua escola até o Museu a pé. Durante a caminhada, eles reconheceram e identificaram o local onde vivem e suas singularidades. “Eles relacionam as coisas que eles vêem com o que a gente fala na escola. A cidade onde eles vivem serve como instrumento de aprendizado e apropriação da identidade deles, pois faz parte do ambiente onde eles vivem e circulam”, explicou Leônia.

Muito animadas e curiosas, as crianças acompanharam as explicações do monitor Anderson Bandeira sobre traços comuns entre Angola e o Brasil, além de apreciar os ensaios fotográficos, que retratam as cores e a beleza exuberante do povo angolano. Muitas delas fizeram várias perguntas e reconheceram as semelhanças entre os dois países. “Eu gostei daquele quadro ali, daquela mulher. Ela usa pulseira igual à que eu uso”, disse a pequena Camila Pereira, de seis anos.

Para a professora Micheline Bezerra, a exposição traçou um perfil peculiar da África e isso chamou a atenção das crianças. “Essa visita foi muito boa pros meninos, pois trouxe muitas novidades pra eles, sobre a África e Angola. Interessante também que, além das novidades, eles trouxeram muitas questões e dúvidas. Eles se posicionaram, questionaram bastante. Acredito que foi bastante positivo”, finalizou Micheline.

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