O Pátio de São Pedro, tal qual se apresenta em sua configuração urbana atual, surgiu da construção da igreja de São Pedro dos Clérigos, que lhe deu nome, nas primeiras décadas do século XVIII. Diferencia-se dos outros pátios pelo seu desenho e peculiar conformação: a Igreja e o casario do século XVIII em meio ao centro urbano. Seus corredores e ruas parecem se fechar em torno da igreja, formando um território de encontros e fusões culturais: um patrimônio cultural tombado, nacionalmente.

Pulsando no coração da cidade, o Pátio termina servindo como um espaço de fuga e respiração, um “oásis” no universo caótico do ‘centrão’, com seus bares e restaurantes, sua programação cultural e leveza, em sua área aberta, cercada por belas ‘casinhas’, que lembram o estilo colonial. Nelas foi instalado um conjunto de equipamentos culturais de referência, um extrato da nossa cultura, um concentrado histórico cultural e sentimental.

Fechado, arquitetonicamente, mas culturalmente, aberto, o Pátio de São Pedro constitui uma síntese cultural e artística do Recife, com sua mistura de crenças, criações, festas, danças, alegrias, músicas. Arte, inteligência, boêmia e memória. Valores a serem preservados sob uma perspectiva de diálogo, interação com o contemporâneo.

Concebido com uma visão de transversalidade, sua gestão cultural e patrimonial demanda estratégias de comunicação e interação dos equipamentos, em interlocução permanente, pois são elos entre o passado e a contemporaneidade, uma corrente, um conjunto: forte, íntegro; um patrimônio cultural da nossa cidade, com vocação para o turismo cultural; um lugar capaz de surpreender a qualquer pessoa que o desconheça.
 
Atualmente, o Pátio de São Pedro é o equipamento-âncora do território São José do Complexo Turístico Cultural Recife Olinda, um plano estruturador que tem a cultura como eixo do processo de desenvolvimento. 

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