Platéia prestigiaram a dança francesa e pernambucana no palco do Hermilo  Borba Filho 

Jaciana Sobrinho
 
A noite deste sábado (23) foi marcada pela programação do XV Festival Internacional de Dança do Recife, promovido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura, com apoio da Petrobrás e Funarte. O evento apresentou no Teatro Hermilo Borba Filho dois solos: “My exile is in my head” (Meu exílio é minha cabeça) e “Estudo para encontro oposto”. Em meio à platéia lotada, estavam Arnaldo Siqueira, coordenador do FIDR, e Eric Lahille, diretor da Aliança Francesa.
 
“My exile is in my head”, idealizado e executado pelo nigeriano erradicado na França, Qudus Onikeku, faz uma reflexão sobre o exílio. Em 40 minutos, o artista exprime com seus movimentos precisos as dores, angústias e lutas que rondam a sobrevivência de quem está sob essa condição. Ao som de guitarra havaiana, tocada ao vivo pelo também francês, Charles Amblard, sua dança se mistura com projeções de textos no chão, sua voz mencionando memórias, fazendo-se perguntas e com momentos de silêncio em que ele assiste sua própria sombra dançando.
 
Em “Estudo para encontro oposto”, o público observa uma investigação sobre a tênue linha que muitas vezes se (inter) põe entre os gêneros. Com a participação de Janaína Gomes que, totalmente despida e imóvel, coberta apenas por gel incolor, serve de espelho para o ensaio em questão. Ivaldo Mendonça, criador, diretor e intérprete do espetáculo, faz uma busca pelas respostas para suas indagações. “Achei fantástico. Tanto o espetáculo do francês, quanto o de Ivaldo. Vale a pena fazer um esforço para ver o maior número de apresentações possível no Festival de Dança. É uma riqueza que não tem preço”, revela o arquiteto Marcelo Campos.
 
O FIDR segue até o próximo sábado (30) com diversas atividades formativas, espetáculos e performances espalhadas pela cidade. A programação completa está disponível no blog do Festival - dancarecife.blogspot.com.

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