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Cultura

DRAMA CIRCENSE PROVOCA MISTO DE EMOÇÕES NO PÚBLICO
00:00 Sábado, 20 de Novembro de 2010

Teatro Apolo abrigou espetáculo da Trupe Ensaia Aqui e Acolá
 
O amor de Clotilde por um certo Leandro Dantas marcou a terceira noite do XIII Festival Recife do Teatro Nacional, realizado pela Prefeitura do Recife, por meio da Gerência de Teatro da Secretaria de Cultura. O espetáculo, inspirado no texto de “A Emparedada da Rua Nova”, principal obra do escritor pernambucano, Carneiro Vilela, e encenado pela Trupe Ensaia Aqui e Acolá, aconteceu nesta sexta (19), no Teatro Apolo. 
 
Em “O Amor de Clotilde por um certo Leandro Dantas”, dirigido por Jorge de Paula, somente algumas características dos personagens principais do romance original são mantidas – a obra de Carneiro Vilela é apenas o ponto de partida escolhido para trabalhar o circo-teatro e seu principal gênero dramático – o melodrama.  Inspirados nos clichês presentes em folhetins, cinema e novelas, o grupo tomou a liberdade de alterar o clássico da literatura pernambucana, inserindo reviravoltas e um novo desfecho para o casal que viveu um amor proibido no Recife do século XIX.
 
Vencedora do Prêmio Miriam Muniz de Incentivo às Artes Cênicas, do Governo Federal, a peça traz cenário e figurino lúdicos para ilustrar um misto de suspense, policial e crítica de costumes de uma época.  “Participar do Festival de teatro, para nós, é um grande reconhecimento pelo nosso trabalho intenso de pesquisa e dedicação à montagem. Nossa maior satisfação é ver o riso e os aplausos do púbico”, afirma o diretor Jorge de Paula, que também integra o elenco interpretando o pai de Clotilde. Quem não viu poderá assistir à segunda apresentação que acontece neste sábado (20), às 19h, também no Teatro Apolo. 
Saiba mais - Escrito entre 1909 e 1912, A Emparedada da Rua Nova é um romance que relata a história de Clotilde, emparedada viva pelo pai, o comerciante Jaime Favais, como castigo por engravidar do galante Leandro Dantas. A história do emparedamento da jovem é uma das lendas que fazem parte do imaginário recifense.

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